Pará

Professor do Pará está entre os melhores do Brasil em matemática

De Ourilândia do Norte, no sul do Pará, o professor Romis de Sousa é finalista na competição nacional que reconhece as melhores iniciativas no ensino da Matemática no Brasil
De Ourilândia do Norte, no sul do Pará, o professor Romis de Sousa é finalista na competição nacional que reconhece as melhores iniciativas no ensino da Matemática no Brasil

O professor de matemática Romis de Sousa Moraes, da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Romildo Veloso e Silva, no município de Ourilândia do Norte, no sul do Pará, está entre os 20 finalistas da Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMBr), competição nacional que reconhece as melhores iniciativas no ensino da Matemática no Brasil.

Romis disputou a olimpíada com outros 600 professores do Brasil e avançou para a fase final da competição, que vai premiar os 10 melhores professores com a categoria ouro, que dará uma viagem de intercâmbio técnico e cultural de 15 dias em Xangai, na China.

Alfabetizado pela própria irmã, dentro de casa, na zona rural do município, Romis viu na educação uma oportunidade de mudar de vida e transformar também a vida de outras pessoas. Um dos poucos da família a concluir um curso superior, o professor de matemática busca incentivar seus alunos a realizarem sonhos através da educação.

Foto: Divulgação

De acordo com o docente, estar entre os 20 melhores professores de matemática do Brasil é uma conquista imensurável. “É difícil mensurar, já acredito que sou um vencedor em ficar entre os 20 melhores do país. Estou com a expectativa de trazer a medalha de ouro para Ourilândia do Norte, para o Pará. Além disso, no intercâmbio, quero poder somar para o desenvolvimento da educação paraense”, contou o finalista.

Extrovertido, Romis busca transformar sua sala de aula em um ambiente alegre e proporcionar um aprendizado menos metódico. “Faço uma abordagem individualizada com os meus alunos a fim de atender suas necessidades específicas. Não deixo nenhum aluno desistir da matemática ou acreditar que a disciplina não é para ele antes de aprender com ela”, garante. Para ele, a matemática pode ser fascinante a partir do momento que você aprende a dominar suas técnicas.

“Estou sempre buscando incentivar meus alunos e engajá-los em competições que envolvam a matemática. Tanto internamente, promovendo gincanas em sala de aula, como em competições nacionais, como a OBMep. A cada competição eles ficam mais animados na busca de melhores resultados”, afirmou.

Foi assim que um de seus alunos no programa “OBMEP na escola” conquistou medalha de ouro na competição, em 2023, colocando Ourilândia do Norte em destaque nacional.

Premiação – Segundo Adauto Caldara, membro do Conselho Gestor da Olimpíada, a premiação será um momento muito importante para troca de conhecimento e aprendizado. “Os 10 premiados na categoria ouro só serão conhecidos no dia 27 de março. Será uma oportunidade ímpar de imersão, aprendizado e troca de conhecimento. Nosso objetivo é reconhecer e valorizar iniciativas bem-sucedidas no ensino da matemática em todo o país, de forma a disseminá-las, trabalhando para melhorar a qualidade do ensino da disciplina e, assim, contribuindo para alavancar a posição do Brasil no ranking mundial, a médio e longo prazo”, considerou.

Em Xangai, os professores vão conhecer o Centro de Educação para Professores da Unesco (TEC Unesco) na Universidade Normal da China, levando em conta que o país figura sempre entre os de melhor desempenho no PISA. Depois da viagem de premiação, o próximo passo previsto é a realização de 50 workshops – cada um dos premiados ministrará cinco – em 50 cidades definidas em parceria com o Ministério da Educação.

Além do representante do Pará, entre os 20 finalistas há professores do Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.