Pará

Estudantes de Santa Izabel visitam Feira do Livro

Belém, Pará, Brasil. Cidade. Professora Marcela Castro leva 85 alunos (adolescentes), estudantes da rede pública de ensino do Municipio de Santa Izabel para conhecer a 25ª edição da Feira Pan-Amazônia do Livro. 31/08/2022. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.
Belém, Pará, Brasil. Cidade. Professora Marcela Castro leva 85 alunos (adolescentes), estudantes da rede pública de ensino do Municipio de Santa Izabel para conhecer a 25ª edição da Feira Pan-Amazônia do Livro. 31/08/2022. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

 

Os estudantes passaram a manhã na Feira, onde tiveram contato com diversas obras literárias. FOTOS: IRENE ALMEIDA

Irlaine Nóbrega

A Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes é o espaço para a difusão do conhecimento cultural, principalmente voltado às questões da Amazônia. Nesta 25ª edição do evento, os professores do Colégio Estadual Antônio Lemos, de Santa Izabel do Pará, organizaram uma excursão ao Hangar Centro de Convenções. O passeio contou com 85 adolescentes do Ensino Médio – tanto do centro como a área rural do município – que puderam visitar a Feira pela primeira vez.

A ideia de organizar o passeio partiu de quatro professores do Antônio Lemos, uma forma de também possibilitar o acesso à literatura aos discentes do interior do estado. O anúncio da visita deixou os adolescentes em êxtase. “Foi uma gritaria na escola. Eles começaram a falar ‘meu Deus, eu vou, vai ser muito legal’. Eu nunca tinha visto uma reação tão grande deles porque não se trata só de vir a Feira do Livro, que já é algo maravilhoso, mas é também estar no ônibus com vários adolescentes, aqueles momentos que a gente leva para sempre na vida. Foi mágico! Era para eu ter gravado, mas o meu coração registrou. Foi lindo demais”, relatou a professora de redação Marcela Castro, uma das idealizadoras da excursão.

Os estudantes passaram a manhã na Feira, onde tiveram contato com diversas obras literárias. FOTOS: IRENE ALMEIDA

Para a educadora, o envolvimento com a infinidade de títulos e autores, além das demais agendas do evento, auxiliam na retomada da interação social, até então restrita pelas questões da pandemia. “Como nós estamos voltando desse momento de pandemia, de dor, de tristeza, muitos dos nossos alunos não têm uma segurança muito grande em relação a estar entre muitas pessoas. A gente precisa desenvolver neles afeto pela escola, pelo ato de estudar, pelo movimento de leitura e nada melhor do que a Feira do Livro para fazer isso”, disse Marcela Castro.

“Hoje, esses meninos se informam, se relacionam, acessam muitas coisas da vida virtualmente. Muitos deles não tiveram acesso a literacia familiar, a uma escola com biblioteca e de repente eles se deparam com um lugar como esse, onde não só a cultura canônica está sendo valorizada, com autores como Machado de Assis e Jane Austen, mas também a cultura popular”, aponta a professora de redação.

ALUNOS

Era a primeira vez que Hugo Brito, 18 anos, e Monalice Santos, 22, tinham ido à Feira do Livro. Admirador dos livros de super-heróis e mangás, Hugo estava ansioso para chegar ao evento. O contato com os diversos exemplares o fez ficar com vontade de levar tudo para casa. “Eu estava ansioso porque sabia que iria encontrar muitos livros. O sentimento que eu tinha era muito bom na expectativa de chegar até aqui. Eu ainda quero ver os livros de super-herói, do Naruto e os mangás. Na verdade, quero que a minha mãe mande dinheiro porque eu já quero comprar vários livros”, brincou o estudante do 2º ano.

Apaixonada pela literatura desde criança, Monaline Santos, estava realizando um sonho. Em local cheio de livros, ela procurava um em específico, com conteúdo em libras. “Eu sou encantada pelos livros desde pequena, quando tive o primeiro contato. Então, é um prazer estar aqui. Eu vim para comprar os livros de libras, mas já vi outros livros maravilhosos e está sendo muito bom estar vivendo isso aqui”, contou a estudante do 3º ano.