Nos últimos anos, tem-se observado uma mudança significativa na composição das áreas de Engenharia e Geociências, com um aumento notável da presença feminina. Esta evolução reflete uma tendência global de inclusão e diversidade, e ressalta a importância da representatividade feminina em campos historicamente dominados por homens.
A presença de mulheres nestas áreas não só enriquece a diversidade de perspectivas e habilidades, mas traz novas ideias, abordagens e soluções para os desafios enfrentados no setor.
Um exemplo inspirador desta tendência é a recente eleição da primeira presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA), a Engenheira Civil Adriana Falconeri. Sua ascensão ao cargo mais alto do CREA-PA não apenas representa um marco histórico para a engenharia no estado, mas também serve como um símbolo da crescente influência e liderança das mulheres no campo.
Além disso, a ascensão de mulheres como Adriana Falconeri destaca a importância de programas e políticas que promovem a igualdade de gênero e incentivam a participação das mulheres na área tecnológica desde uma idade jovem. Investir na educação e no empoderamento das mulheres é fundamental para garantir uma representatividade equitativa e criar um futuro mais inovador para todos.
Apesar dos avanços significativos conquistados ao longo dos anos, é importante reconhecer que as mulheres continuam a enfrentar uma série de desafios, não apenas no campo da engenharia, mas em várias esferas da vida. A luta pela igualdade de gênero é contínua e requer esforços constantes para superar estereótipos, preconceitos e barreiras institucionais que ainda persistem.
Conheça algumas mulheres da Engenharia Paraense:
Adriana Falconeri Rebelo Boy
Engenheira Civil
Natural de Santarém/PA, Adriana é graduada em Engenharia Civil (2018) e empresária, tornou-se uma inspiração, não só por sua conquista histórica como a primeira mulher a presidir o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará, mas também pelo seu compromisso em fortalecer as engenharias e geociências na região e valorizar os profissionais. Sua liderança certamente deixará um legado significativo.
Milena Pantoja de Souza Peper
Engenheira Florestal
Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA em 2004. Como CEO de uma empresa de consultoria ambiental e de desenvolvedora de projetos de crédito de carbono, Milena lidera iniciativas voltadas para a preservação ambiental e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas na região amazônica. A engenheira reforça ainda seu comprometimento com a gestão sustentável de ecossistemas florestais e com desenvolvimento de projetos inovadores na área ambiental, que são pilares fundamentais de sua trajetória profissional, que visa contribuir para a conservação da Amazônia e a promoção de práticas sustentáveis.
Eugenia Von Paumgartten
Engenheira Civil
Formada pela UFPA em julho de 1977, possui pós-graduação em Estruturas de Concreto Armado pela UFPA e pela Universidade de São Carlos/SP. Sua carreira inclui atuação como calculista de estruturas, engenheira na hidrelétrica de Tucuruí e engenheira na CELPA, agora Equatorial, desde 1985. Atualmente, exerce o cargo de presidente do Sindicato dos Engenheiros do Pará – Senge.
Brenda Rúbia Souza
Engenheira Florestal
Brenda Rúbia Souza é uma engenheira florestal com mestrado em ciências ambientais. Com vasta experiência como consultora ambiental e professora do ensino superior, ela dedicou sua carreira ao estudo e à preservação do meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento sustentável em diversas áreas. Sua paixão pelas questões ambientais aliado ao seu comprometimento social e profissional, a tornam uma personalidade atuante no campo da engenharia florestal e das ciências ambientais. Além disso, ela é conselheira e coordenadora do Programa Mulher do CREA-PA.
Victoria Veras da Costa Pinheiro
Engenheira Sanitarista e Ambiental
Victoria Veras é engenheira sanitária e ambiental com uma paixão ardente por sua profissão. Graduada nessa área, ela encontrou sua vocação na companhia de saneamento do Pará, onde atualmente exerce seu talento como engenheira. Victoria destaca-se não apenas por sua competência técnica, mas também por seu compromisso com questões de gênero. Com uma especialização em Master in Business Administration em Gestão e experiência em Bancos de Desenvolvimento Multilaterais, Victoria também deixou sua marca em projetos estratégicos para a COP30. Seu envolvimento no Programa de Macrodrenagem da bacia do Mata Fome e na expansão do Programa de Macrodrenagem da bacia da Estrada Nova demonstra sua dedicação em enfrentar desafios ambientais e sociais de forma proativa e inclusiva.
Letícia Martins de Souza
Engenheira Agrônoma
Letícia Martins é engenheira agrônoma especializada em regularização ambiental rural, perícia, licenciamento e gestão ambiental. Sua trajetória profissional como gestora rural começou em 2015, destacando-se por sua expertise em questões ambientais no contexto agrícola. Com sua vasta experiência e conhecimento técnico, Letícia trabalha na promoção da sustentabilidade e na conformidade com as regulamentações ambientais no setor agropecuário.
Thaís Gleice Martins Braga
Engenheira Ambiental
Thais Braga tem formação em Engenharia Ambiental e Energias Renováveis, além de ser Doutora em Biodiversidade e Biotecnologia. Atualmente, ela compartilha seu conhecimento como docente na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Além disso, Thais é Coordenadora Adjunta do programa Mulher do CreaPA, que vem contribuindo para promover a igualdade de gênero e o avanço das mulheres na área de engenharia.
Lidiane Medeiros Maciel Costa
Geóloga
Lidiane Medeiros é geóloga, especializada em gestão de contratos e análise de riscos. Ela se destaca como a primeira secretária da APGAM- Associação Profissional de Geólogos da Amazônia e conselheira do IE2A (Instituto de Estudos Estratégicos da Amazônia), onde contribui para a pesquisa e o desenvolvimento sustentável da região.