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Ler atentamente o edital de concursos é fundamental

 
FOTO: Divulgação
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Cintia Magno

Ler atentamente e saber interpretar o edital faz parte da preparação para quem vai prestar algum concurso público. Além de informar sobre os cargos, atribuições e remunerações previstas, os editais de concursos trazem informações importantes que podem nortear o estudo e a preparação para a prova. Em muitos casos, ele pode funcionar inclusive como uma referência para planejar o estudo.

O diretor da plataforma Central de Concursos, Gabriel Henrique Pinto, considera que a leitura atenta do edital é imprescindível para qualquer concurso, na medida em que o documento traz não só o conteúdo programático, ou seja, aquilo que vai ser exigido na prova, como também alguns detalhes burocráticos que são importantes, como o limite da data de inscrição, o local de inscrição, os requisitos para o cargo, etc.

“O edital é o documento do concurso. Prestar um concurso sem analisar um edital é impensável. O conteúdo programático que consta no edital é um material de estudo para o concurseiro, ele deve verificar se ele já estudou toda a matéria que está lá prevista. Então, ele pode usar isso como uma referência de organização de estudo, inclusive”.

Além de as informações contidas no edital serem uma referência para organização do estudo, Gabriel considera que, para além do conteúdo exigido na prova, o edital ainda apresenta diversas informações que também são relevantes na hora da preparação, como, por exemplo, qual é a banca organizadora do concurso? Qual é o formato da prova? Se é uma prova múltipla escolha ou não? Quantas fases têm essa prova? Qual é o peso de cada matéria?, entre outras informações.

“Existem provas, por exemplo, em que uma questão que você erra anula um acerto. Existem provas de múltipla escolha, existem provas dissertativas, são várias possibilidades. Então, tem vários elementos importantes que devem ser levados em consideração”, pontua.

“A função desempenhada também é relevante porque, por exemplo, em uma prova para a Polícia certamente serão exigidos conteúdos que são imprescindíveis para o exercício da função, como direito penal, direito processual penal, criminologia, etc. São assuntos que são relevantes para a função, então, a tendência é aqueles apareçam mais na prova, em relação aos demais assuntos”.

É preciso lembrar que, naturalmente, o órgão que organiza o edital do concurso deve se basear naquelas atribuições exercidas do candidato para determinar o que vai cair na prova, o que significa dizer que a organizadora terá que cobrar conhecimentos que vão ser importantes no exercício da função pública.

Nesse sentido, inclusive, conhecer a banca organizadora do concurso também é um diferencial importante. O diretor da Central de Concursos lembra que a banca organizadora da prova é uma referência, no que diz respeito à forma como são cobrados os conteúdos descritos no edital.

“Cada banca tem um estilo, uma proposta e quando o candidato já fez várias provas ou exercícios da banca do concurso dele, ele começa a entender que naquele seu estudo, no material que ele está estudando, tem assuntos que a banca não costuma exigir, não vai cobrar daquela maneira. Só é possível identificar isso através da ajuda de um professor ou resolvendo muitas questões de provas anteriores daquela banca. Por exemplo, em São Paulo temos a Vunesp, que é uma prova super legalista, quer dizer, ela quer que você conheça a letra da lei nas matérias de direito, ela não se preocupa em cobrar jurisprudências, por exemplo, ou outros assuntos”, exemplifica.

“Em compensação, a Cebraspe, por exemplo, já traz outra regra, ela costuma abordar os assuntos nos detalhes e cobra matérias muito específicas dentro daquele conteúdo, então, é importante conhecer a banca”.