Colaborar com a estruturação do Programa de Integridade e Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Pecuária do Pará. Esse foi o objetivo de um evento, concluído nesta quinta-feira (29), com representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e The Nature Conservancy Brasil (TNC).
A oficina, que teve como resultado o levantamento inicial dos principais eixos e encaminhamentos para o desenvolvimento do programa, foi realizada em Piracicaba, interior de São Paulo, na sede do Imaflora, tendo à frente especialistas na estruturação de políticas públicas.
Desde o lançamento do Programa, na COP 28, em Dubai, no final do ano passado, o Governo do Pará conduz, em parceria com o Terceiro Setor e a área agropecuária, a construção do Programa de Integridade e Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Pecuária, o maior e mais ambicioso do Brasil.
Na prática, a iniciativa vai aplicar brincos de identificação nos animais para rastrear, individualmente, todo o rebanho do Estado até 2026, com acompanhamento sistematizado. O objetivo é garantir transparência e integridade em toda a cadeia, com respeito a regras sanitárias, fundiárias e socioambientais. O Programa é mais um importante pilar do Governo do Pará no combate ao desmatamento.
Atualmente, um Conselho Gestor envolvendo representantes governamentais, do setor agropecuário e do Terceiro Setor já discutem a estruturação do Programa. Os encaminhamentos da oficina realizada em Piracicaba agora serão levados à discussão no Conselho.
Cadeia sustentável – Uma das prioridades já definidas é o maior diálogo e aproximação com os produtores rurais, que terão benefícios, como maior produtividade, segurança ambiental e acesso ao mercado internacional, que atualmente exige informações completas sobre a origem da carne, para garantir que o produto não está ligado a desmatamento e demais infrações ambientais.
As metas do Programa são garantir 100% do trânsito de bovinos rastreados individualmente, e também todo o rebanho, até dezembro de 2026; 75% dos Cadastros Ambientais Rurais (CARs) validados até dezembro de 2025, e 100% até dezembro de 2026. A iniciativa também prevê a recuperação de 20% da área de pastagens degradadas e a priorização da implementação da rastreabilidade no entorno de Territórios Coletivos, como de povos indígenas e comunidades tradicionais.