Bola

Sem adeus? Remo atende Vinícius e homenagem é adiada

Prevista para acontecer nesta quarta-feira, 28, a homenagem ao goleiro Vinícius em sua despedida do Clube do Remo foi adiada a pedido do ídolo. Foto: Samara Miranda/Ascom Remo
Prevista para acontecer nesta quarta-feira, 28, a homenagem ao goleiro Vinícius em sua despedida do Clube do Remo foi adiada a pedido do ídolo. Foto: Samara Miranda/Ascom Remo

Prevista para acontecer nesta quarta-feira, 28, por ocasião do jogo entre Remo e São Francisco pelo Parazão, a homenagem ao goleiro Vinícius em sua despedida do Clube do Remo foi adiada a pedido do ídolo da torcida remista. O clube emitiu nota informando que a homenagem foi adiada para uma data futura.

“Clube e atleta chegaram a um consenso de reagendar o momento, que será especial para registrar o encerramento de um ciclo vitorioso de nosso ídolo com a camisa azulina”, informa.

Depois de oito anos e de muitos altos e alguns baixos, o goleiro Vinícius está oficialmente fora do Clube do Remo. Prestes a completar 40 anos, possivelmente também é um adeus à carreira de atleta profissional, embora quanto a isso ele ainda não tenha se manifestado.

O clube emitiu comunicado na última segunda-feira informando que o jogador e o preparador de goleiros Juninho Macaé estão fora dos planos e teriam seus contratos encerrados. Ficou acertado que Vinícius receberia uma homenagem no jogo contra o São Francisco, no Baenão, pelo Campeonato Paraense, sem ser especificado como ela seria. O que não vai mais acontecer. O jogador não foi relacionado para nenhuma partida em 2024.

Vinicius chegou ao Remo em 2017, contratado junto ao Boavista-RJ, indicado pelo técnico Josué Teixeira. Depois de recuperar-se de uma lesão logo no início da temporada, ele assumiu o posto de titular. Ao todo, foram 258 jogos com a camisa azulina, sendo 32 clássicos contra o Paysandu, com 11 vitórias, 11 empates e 10 derrotas.

Além de ser o jogador com mais jogos no século XXI com a camisa do Leão Azul, Vinícius é tricampeão paraense (2018, 2019 e 2022) e também ganhou a Copa Verde (2021). No mesmo ano, ele foi um dos líderes na campanha do tão sonhado acesso para a Série B do Brasileirão.

O preparador de goleiros Juninho, 45, também estava no Remo desde 2017, quando foi contratado também a pedido de Josué Teixeira. O preparador teve passagem também no Sampaio Corrêa-MA e exercia no Remo um cargo de liderança dentro das comissões técnicas, tornando-se amigo pessoal de Vinícius. Juninho vinha aos poucos perdendo espaço dentro do clube e teve seu poder de decisão sobre quem seria o titular tirado pelo técnico Ricardo Catalá. Ele também não participou dos processos de contratações de Marcelo Rangel e Léo Lang, goleiros que chegaram este ano no Baenão.

 

ADEUS CONTURBADO

Vinícius sai do Remo de forma conturbada- Foto: Samara Miranda/Remo

A possibilidade do goleiro não ir a homenagem foi antecipada pelo DOL na noite desta terça-feira, 27. Segundo reportagem assinada pelo jornalista Kaio Rodrigues, o staff do jogador, liderado pela esposa de Vinícius, estaria bastante irritado pela forma que a diretoria do Leão Azul vem conduzindo a saída do ídolo azulino.

Inclusive, na próxima quinta-feira (29), quando o contrato entre as partes será encerrado, o ex-capitão fará uma coletiva para esclarecer tudo, segundo a reportagem, que elencou uma série de situações que teriam deixado o goleiro numa situação desconfortável no Baenão.

O DOL apurou que Vinícius foi “enquadrado” por parte do elenco remista na última sexta-feira (23), que disse que ele estava atuando nos bastidores contra os próprios companheiros e comissão técnica. E Ricardo Catalá estaria incomodado com a vida dupla do camisa 1, que além de goleiro é vereador em Belém e isto influenciava na decisão de não colocar Vinícius para jogar.

O técnico teria se incomodado com a regalia dada ao arqueiro por treinar separado do elenco em 2023 por conta de seus compromissos na Câmara. Com a mudança de diretoria, saindo Fábio Bentes e entrando Antonio Carlos Teixeira, o Tonhão, na presidência do clube, o privilégio foi revisto e a diretoria deu carta branca a Catalá para encaminhar a saída do goleiro primeiro do time e depois do clube, com o fim do contrato.