Luiz Flávio
O Anuário do Pará 2023-2024 foi lançado na noite de ontem no auditório Albano Franco da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) num concorrido evento com a presença de políticos, executivos, empresários e dirigentes de órgãos municipais, estaduais e federais que, ajudaram a construir o projeto, que se tornou a mais completa fonte de consulta para estudantes, pesquisadores, jornalistas e turistas, reunindo as principais mudanças no cenário econômico, político, social e cultural ocorridas no Pará no último ano.
A vice-governadora Hana Ghassan fez a palestra única do evento, falando sobre as obras e projetos que estão em desenvolvimento e que já estão com recursos garantidos para a COP 30 que ocorre em Belém daqui a 20 meses. Destacou ainda a importância do Anuário do Pará trazer como tema a Bioeconomia, conceito que o governo do Pará adotou como Norte para investir em políticas públicas para aliar, desenvolvimento, responsabilidade social e preservação ambiental.
“São obras vultuosas e de suma importância para estruturar a nossa capital e melhorar a qualidade de vida do nosso povo. Queremos não apenas maquiar a cidade para receber esse evento global, mas sim deixar um legado inquestionável que perdurem por muitas décadas, mudando a cara da nossa capital e ajudando a nossa população”.
Esse ano, segundo a vice-governadora, que preside o Comitê Estadual da COP 30, serão investidos R$ 2 bilhões extra orçamento do Estado e captados para os projetos específicos da conferência; além de mais R$ 1 bilhão em 2025, totalizando R$ 3 bilhões em investimentos em recursos federais. “Esperamos poder gerar 5 mil empregos e beneficiar mais de 900 mil pessoas”, garante.
Hana destacou que o governo do trabalho trabalha em cima de oito eixos básicos: meios de hospedagem, mobilidade urbana, segurança pública, conectividade, capacitação profissional, espaços para o evento, além da comunicação. “Trabalhamos em conjunto com o governo federal que neste momento trabalha para criar a Secretaria Extraordinária da COP 30”, destacou.
Obras
Ela citou 7 obras de extrema importância para a capital com vista ao evento. Muitas já foram iniciadas com antecipação e recursos do Estado e outras aguardam a liberação e recursos já aprovados pelo governo federal. A primeira e uma das mais importantes é o Parque da Cidade, que abrigará os principais eventos da COP30, cujos recursos são 100% do orçamento do estado. Hoje 25% da obra já estão concluídas.
“Temos também o Porto Futuro II, um importante projeto de modernidade urbana e de multiuso que vai aliar lazer, cultura turismo e ações de Bioeconomia. Cerca de 50 mil metros quadros de área construída serão reformados. Também estamos avançando na macrodrenagem da Bacia do Tucunduba. Apenas em fevereiro já iniciamos a macrodrenagem de 7 novos canais, acabando com alagamentos e melhorando a qualidade de vida da população e o trânsito na Grande Belém”, detalha a coordenadora do Comitê.
Com o projeto de dragagem do Porto de Belém, diz a vice-governadora, o Estado facilitará o atracamento de navios de grande porte que servirão de hospedagem para milhares de participantes da COP. “Após o evento, com essa obra, Belém se tornará uma importante rota turística internacional”, garante.
Outro projeto que será feito é a duplicação a Rua da Marinha, que será totalmente remodelada, passando e 2 para 6 pistas, com uma rotatória, interligando a Rodovia Augusto Montenegro a Avenida Centenário, beneficiando diretamente 6 bairros de Belém. “Teremos ainda as novas avenidas Visconde de Souza Franco e Tamandaré, que abrigará em seu final um terminal hidroviário que servirá como mais um meio de deslocamento para a região das ilhas. Os dois projetos já foram finalizados pelo Estado e transformarão essas duas vias em modernos parques urbanos no centro da cidade”, assegura.
O Estado também vai equipar e modernizar equipamentos públicos, como o Hangar Centro de Convenções, que será interligado ao Parque da Cidade para a COP 30. “Também planejamos um robusto plano de investimento em saneamento, com ampliação e redes de abastecimento de água e a pavimentação e cerca de 600 ruas em Belém”.
Paralelamente a tudo isso, o governo do Estado, diz Hana, está trabalhando em soluções para hospedagem dos participantes da conferência que, segundo ela, devem chegar a 50 mil pessoas. “Apresentamos ao governo federal 14 soluções de hospedagem que poderão abrigar com folga todo esse público, que esperamos ser do mesmo nível da última COP, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes”.
Através de uma rodada de negócios o governo do Estado possibilitou a captação e R$ 140 milhões em créditos para beneficiar pequenos, médios e grandes empresários dos setores de hotéis, bares e restaurantes para construção, reforma, ampliação e aquisição de equipamentos e para capital de giro. “O Estado também concedeu isenção de ICMS para aquisição de bens por donos de hotéis, pousadas e motéis em todo o Estado. Além disso estamos fechando parcerias com plataformas digiteis de hospedagem para captação e leitos para o evento”, antecipa.
Todos os cronogramas dos projetos, garante a coordenadora do comitê, estão sendo rigorosamente cumpridos. “Todos esses projetos que citei aqui hoje já estão aprovados junto ao governo federal e esperamos apenas a liberação dos recursos para contratação dos serviços na Grande Belém”.
Com quase mil páginas, Anuário se insere no contexto de preparação para a COP
Camilo Centeno, presidente em exercício do grupo RBA, disse que o Anuário do Pará 2023-2024 mais uma vez cumpriu sua função de ser um instrumento importante de veiculação de informação clara e exata sobre todas as áreas do nosso Estado. “Escolhemos a Bioeconomia por ser um tema importante e altamente vinculante ao momento atual que vivemos no Pará tendo em vista que daqui a menos de 2 anos vamos sediar a mais importante conferência do clima do planeta”, destaca.
Segundo ele a vice-governadora Hana Ghassan fez um raio x completo sobre como o Estado está se preparando para receber o evento e o Anuário do Pará se insere nesse contexto trazendo muitas informações que vão ajudar a subsidiar essas ações. “É uma edição especial para um momento especial que estamos vivendo. É uma edição completa e atualizada. O Anuário nunca foi contestado ou retificado nesses 14 anos de existência, o que é um enorme orgulho para quem o produz. Estaremos sempre sintonizados com os principais acontecimentos do nosso Estado”, ressalta o executivo.
Nilton Lobato, diretor comercial do grupo RBA, comemorou o sucesso editorial e comercial do Anuário, que se tornou um dos principais produtos jornalísticos do DIÁRIO PARÁ. “São quase mil páginas de informação, de um produto regionalíssimo que se transforou num projeto líder de mercado, de abrangência nacional e internacional por que mostra todas as potencialidades do nosso Estado. O Anuário ganha o mundo em cada edição e a cada edição lançada vários segmentos já ficam esperando pelo próximo. Só tenho a agradecer a tosos os nossos parceiros comerciais que acreditaram nessa iniciativa tão importante para o nosso Pará”, observa.
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, idealizador do projeto do Anuário do Pará não pôde comparecer ao evento devido a compromissos profissionais em Brasília, mas fez questão de enviar um vídeo para o lançamento, onde fez um pequeno histórico do projeto e agradeceu a cada um dos colaboradores que, a cada ano, ajudar a finalizar a edição do projeto e ajudam a colocá-lo nas ruas e nas redes.
Referência
O Anuário se tornou referência para o mercado editorial e educacional do Estado. São quase mil páginas de informações distribuídas em 9 capítulos que tratam sobre infraestrutura, economia, educação, saúde, cultura, política, rede de proteção social e meio ambiente.
As estruturas organizacionais dos poderes legislativo, executivo e judiciário de todos os entes federativos, dados sobre a balança comercial, setores produtivos, empresas foram atualizadas. O projeto traz ainda uma radiografia completa de todos os 144 municípios do Estado. Os capítulos trazem mapas, infográficos, tabelas, reportagens, artigos, pesquisas e fotografias para facilitar a consulta de estudantes, pesquisadores e para que o leitor tenha sempre um conteúdo completo para consulta em casa.
A edição deste ano traz reportagens sobre os bons exemplos, projetos de pesquisas, tradições históricas, projetos de governo e outros assuntos relacionados à Bioeconomia, como um preparativo para os debates da COP 30, mostrando como utilizar novas tecnologias e aliá-las à sistemas biológicos e recursos naturais para a criação de produtos e serviços mais sustentáveis para preservar o meio ambiente.