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Projeto que alivia contas dos municípios está na pauta da CCJ

Beneficiários do INSS não precisam ir ao banco comprovar que estão vivos. Portaria do Ministério da Previdência suspende bloqueio de pagamento até o final de 2024. Foto: Reprodução
Beneficiários do INSS não precisam ir ao banco comprovar que estão vivos. Portaria do Ministério da Previdência suspende bloqueio de pagamento até o final de 2024. Foto: Reprodução

Luiza Mello

Está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a Proposta de Emenda à Constituição nº 66/2023, de autoria do senador Jader Barbalho (MDB), que estabelece medidas para aliviar as contas dos municípios. A PEC reabre o prazo para que as administrações municipais possam parcelar suas dívidas com a previdência e define limite para o pagamento de precatórios. Além do reparcelamento da dívida do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), a proposta define limites de pagamento de precatórios a 1% da Receita Corrente Líquida (RCL). A reunião da comissão está marcada para esta quarta (28), às 10 horas.

“A proposta abre a possibilidade para que os municípios possam de fato, trabalhar com um cronograma real de quitação de precatórios pendentes ou a serem pagos, considerando que as realidades dos erários e responsabilidades locais são muito diferentes se comparados com União, Estados e Distrito Federal. É uma alteração constitucional que oportuniza aos municípios a efetiva possibilidade de quitação dessas pendências além de estabelecer prazos futuros”, explica o autor da proposta.

Jader Barbalho acentua que a PEC constitui uma medida fundamental, adequada e precisa para que os municípios possam enfrentar a crise fiscal pela qual estão passando e continuar prestando serviços. “A situação atual é de total desconsideração com o planejamento municipal e com o atendimento de necessidades fundamentais da população, visto que há situações em que os Tribunais de Justiça estão impondo o cumprimento de obrigações que chegam a ultrapassar 5% da RCL do município para o pagamento de precatórios o que inviabiliza totalmente toda e qualquer ação administrativa e impõem aos Entes um déficit orçamentário incorrigível”, reforçou Jader Barbalho. A proposta ainda estabelece a prorrogação até 2032 da

desvinculação de receitas dos municípios.

LEVANTAMENTO

O senador menciona o levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que apurou um volume de dívidas de R$ 190,2 bilhões no âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Desse total, R$ 79,6 bilhões são dívidas que integram o estoque de débitos previdenciários com a Receita Federal (RFB); e R$ 110,8 bilhões se encontram em Dívida Ativa da União (DAU) sob gestão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, está mobilizando gestores municipais para que reforcem junto aos parlamentares das suas bancadas a importância do avanço dessa proposta para os municípios.

Jader conta com o apoio dos municípios para a proposta FOTO: divulgação
PEC garante novo prazo para que as administrações possam parcelar suas dívidas com a previdência FOTO: divulgação