Seu bolso

Preço do açaí registra queda depois de chegar nas alturas

Preço do açaí registra queda depois de chegar nas alturas Preço do açaí registra queda depois de chegar nas alturas Preço do açaí registra queda depois de chegar nas alturas Preço do açaí registra queda depois de chegar nas alturas
A reunião visou estabelecer diretrizes para a regularização das atividades dos batedores de açaí na região, uma vez que, atualmente, o município não possui nenhum ponto de venda de açaí formalmente regularizado.
Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Diego Monteiro

Na entressafra do açaí no Pará, o preço do litro do produto em Belém tem ficado oneroso para a população. A equipe do DIÁRIO foi, na manhã de ontem, 22, ao bairro da Pedreira, e observou que o fruto batido passou a ser vendido com um valor médio de R$ 23, em contraste com a semana passada, quando alguns estabelecimentos chegaram a cobrar R$ 30 pelo tipo popular.

Após a ampla divulgação pela imprensa dos preços elevados praticados pelos atravessadores, que chegaram a cobrar R$ 1 mil pela saca e R$ 200 pela rasa na semana passada, houve redução de 40% nos preços. De acordo com os batedores, principalmente na Feira do Açaí, importante ponto de abastecimento da cidade, desde então a saca passou a ser negociada por R$ 600, e a rasa por R$ 120.

Essa redução é motivo de comemoração entre os profissionais, pois os valores elevados anteriores estavam impactando negativamente nas vendas. No ponto Açaí do Heron, a placa com o novo preço já chamava a atenção dos clientes. “Estava vendendo a R$ 30, mas reduzimos para R$ 26, pois graças a Deus ficou mais barato para gente”, revela Heron Amaral Rocha, 55, proprietário do local.

“Quem trabalha com esse tipo de insumo sentiu a queda no movimento devido aos altos preços, mas que está sendo recuperado aos poucos. Eu mesmo, ao ver o valor da saca, recuei, por uma questão de segurança. Sabemos que nos próximos dias os preços podem voltar a ficar elevados, pois é um movimento normal da entressafra, então a missão é não repassar as altas para os clientes”, acrescenta.

Apesar de tudo, Heron revela que quando o preço está salgado o que salva é a paixão do paraense pelo fruto. “É no almoço, no jantar, na merenda, então é uma tradição que a gente não vive sem. Pode estar caro o que for, mas muitos fazem aquele esforço para manter o nosso ‘ouro negro’ na mesa. Dessa forma conseguimos vender mesmo nesse período mais delicado”, concluiu o batedor.