Tylon Maués
Na entrevista de ontem, após o vexame histórico do Remo, que foi eliminado da Copa do Brasil ainda na primeira fase, diante do Porto Velho, o técnico Ricardo Catalá bateu na tecla de que a falha no lance que originou o gol rondoniense, uma cabeçada após uma cobrança de escanteio, algo que o treinador garante que é bastante treinado no dia a dia, prejudicou o que foi planejado.
“Foi inadmissível, pois é uma bola que foi treinada para caramba nos últimos dias. Bola parada é o que a gente mais tem treinado. E o adversário conseguiu fazer o gol assim”, disse. “Tudo que eu falar agora vai soar como desculpa, a gente trabalhou pra caramba, treinou, avisou os jogadores, mostramos vídeo, mostramos material, pedimos para evitar de fazer falta ou jogar bola para escanteio. É difícil falar. Temos que continuar trabalhando em silêncio e entregar mais”, completou o técnico azulino.
Catalá afirmou que o Remo não fez um jogo à altura, sendo desestabilizado pelo gol muito cedo, o que deixou o time muito incomodado e nervoso. “Faltou tranquilidade para que a gente pudesse tomar melhores decisões, principalmente no último terço, porque a gente teve volume. Agora, esse nervosismo, essa ânsia de querer fazer o gol, muitas vezes atrapalha a tomada de decisão”.
Passada a Copa do Brasil, a missão imediata é o Parazão e o reencontro com a torcida neste domingo, quando provavelmente o Baenão estará lotado. “Eu disse isso para os jogadores, que eles têm que ser capazes de suportar essa cobrança e entregar mais, porque não falta nada para nós, não faltam as condições para a gente entregar tudo o que a gente pode, a gente precisa competir mais, a gente precisa duelar mais, a gente precisa entender que se a gente não tiver humildade, disciplina e respeito para honrar essa camisa, os objetivos vão ficar pelo caminho como já fica um hoje (ontem)”.