Pará

Aumento de contratações no Pará derruba informalidade, mostra IBGE

Aumento de contratações no Pará derruba informalidade, mostra IBGE Aumento de contratações no Pará derruba informalidade, mostra IBGE Aumento de contratações no Pará derruba informalidade, mostra IBGE Aumento de contratações no Pará derruba informalidade, mostra IBGE
 FOTO: Antonio Cícero/Arquivo
FOTO: Antonio Cícero/Arquivo

Luiza Mello

Nos três últimos meses de 2023, o número de trabalhadores com carteira assinada em todo o Pará teve aumento de 11,8% em relação ao mesmo período de 2022. O Pará está entre as unidades da Federação que apresentaram queda na taxa de desemprego, que passou de 8,2% para 7,8% no 4º trimestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022.

Já a quantidade de trabalhadores sem carteira assinada, chamados de informais, teve queda de 11,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio Contínua (PNAD C) divulgados ontem, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essas contratações com carteira assinada no último trimestre de 2023 contribuíram para a queda de 3,4% na taxa de informalidade no Estado.

Com um histórico ao longo dos anos de altos índices de trabalhadores informais, o Governo do Estado tem envidado esforços para incentivar e diversificar a economia local, o que vem permitindo essa redução. A supervisora da PNAD-C no Pará, Angela Gemaque, destaca que foi determinante para a queda na taxa de informalidade o aumento na quantidade de pessoas trabalhando com carteira assinada.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos paraense divulgou o número de pessoas ocupadas no Pará. Com base no Pnad Contínua do IBGE o Dieese/Pará, mostra que, no comparativo entre o 4º trimestre de 2023 em relação ao mesmo período no ano passado, o total de pessoas ocupadas no mercado de trabalho paraense foi de 3.887 milhões de trabalhadores, contra 3.868 milhões em 2022, uma diferença de 20 mil pessoas, ou 0,5%.

Já o número de desempregados no comparativo do 4º trimestre de 2023 com o mesmo período em 2022, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos paraense, teve queda de 5,1% (18 mil pessoas), com 329 mil desocupados entre outubro a dezembro do ano passado, contra 347 mil em 2022.

Houve queda na taxa de desocupação do Brasil de 7,9% para 7,4% no mesmo período.
Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no 4º trimestre de 2023 foram registradas no Amapá (14,2%), na Bahia (12,7%) e em Pernambuco (11,9%). Das treze unidades da federação que tinham níveis mais altos que a média nacional (7,4%), apenas duas não são do Norte ou do Nordeste: Rio de Janeiro (10%) e Distrito Federal (9,6%). As menores taxas estavam em Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,8%) e Mato Grosso (3,9%).

Salário médio do paraense é de R$ 2,2 mil

No 4º trimestre de 2023, o rendimento médio real do trabalhador paraense foi de R$ 2.279 reais, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2022 (R$ 2.157). No país, o rendimento médio habitual no 4º trimestre de 2023 foi de R$ 3.032, com aumento de 3,1% na média nacional. Nessa comparação, o valor médio cresceu no Norte, no Nordeste e no Sudeste, enquanto o Sul e o Centro-Oeste ficaram estáveis.

Em relação aos dados nacionais, a taxa anual de desocupação no Brasil atingiu 7,8% em 2023, indicando uma queda de 1,8% em relação ao ano anterior. Em uma análise regional, 26 das 27 unidades da federação apresentaram declínio nesse indicador.

A população ocupada no país alcançou seu patamar mais alto, atingindo 100,7 milhões de pessoas em 2023, um crescimento de 3,8% em comparação ao ano anterior. A expansão foi observada em 22 UFs.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho diminuiu para 18,0% em 2023, uma queda de 2,9% em relação a 2022. Apesar dessa redução, desigualdades significativas permanecem, com o Piauí liderando a taxa (40,3%) e Santa Catarina registrando a menor (6,0%), revela o IBGE.

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.