O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) informa que, nesta quinta-feira (15), chega ao fim o segundo período do defeso do caranguejo-uçá, uma espécie muito importante para os ecossistemas costeiros. Durante esse período, que ocorreu entre os dias 10 a 15 de fevereiro, ficou proibida a captura, transporte, beneficiamento, industrialização e comercialização do animal, conforme estabelecido pela Instrução Normativa nº 1, de 03 de janeiro de 2020.
A andada, também conhecida como suatá, é um evento único que ocorre durante a lua cheia ou lua nova. Este ano, o fenômeno ocorreu entre os dias 12 a 17 de janeiro (1º ciclo reprodutivo); 10 a 15 de fevereiro (2º ciclo reprodutivo) e voltará a ocorrer de 11 a 16 de março (3º ciclo reprodutivo). São nessas datas que acontece a reprodução da espécie.
Neste sentido, a importância da preservação do caranguejo-uçá durante a andada é fundamental para a manutenção dos ecossistemas costeiros. Esses animais desempenham um papel crucial na cadeia alimentar, servindo como fonte de alimento para diversas espécies, além de contribuírem para a ciclagem de nutrientes e a manutenção da biodiversidade.
Ao respeitar o período de defeso do caranguejo-uçá, a população contribui para a conservação desses animais e dos ecossistemas onde eles habitam. É importante lembrar que a captura indiscriminada durante a andada pode comprometer a reprodução e o equilíbrio populacional do caranguejo-uçá, afetando toda a cadeia alimentar e a saúde dos manguezais.
Além disso, a fiscalização e o cumprimento das normas estabelecidas são essenciais para garantir a efetividade do defeso. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) realizou diversas ações neste sentido, na última semana, quando apreendeu mais de 400 animais sendo comercializados de maneira indevida nos municípios de Capanema e Santo Antônio do Tauá, ambos localizados na região nordeste paraense.