Tylon Maués
Quatro dias depois de empatar sem gols contra o Paysandu, o Clube do Remo volta a campo hoje à noite para outro clássico, desta vez contra a Tuna Luso. Leão e Águia se enfrentam, às 20h, no Baenão. O estádio Evandro Almeida é, justamente, um dos personagens principais da noite de hoje. O time azulino volta a jogar em sua casa depois de seis meses. A última vez em que isso aconteceu foi no dia 26 de agosto do ano passado, na última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro da Série C, uma vitória de 3 a 1 sobre o Altos-PI.
Nesses meses sem jogos, o Evandro Almeida recebeu melhorias nos portões e no acesso ao estádio, além da manutenção da boa qualidade do gramado, mesmo com o elenco utilizando o local desde a pré-temporada, que foi toda feita em Belém e utilizando a estrutura do estádio, academia e Núcleo Azulino de Saúde e Performance (NASP).
O clássico de hoje pode alterar a classificação do Campeonato Paraense. Com três jogos, o Remo soma sete pontos, um a mais que a Tuna, que tem quatro jogos. Se a equipe cruzmaltina vencer, passa temporariamente do rival. Já o Leão iguala os dez pontos do Paysandu se ganhar – caso o time bicolor tenha tropeçado ontem, contra o Bragantino. Além de ser um confronto direto por posições no Parazão, é também o encontro entre duas equipes que chegam invictas, com o Leão com duas vitórias e um empate, e a Águia com uma campanha com uma vitória e três empates.
Entre os jogadores, trata-se de um novo desafio e a necessidade de mostrar mais serviço, agora em casa. “São três dias para treinar, o que faz uma grande diferença e ajuda a recuperar todo mundo. Será outro clássico, outro grande jogo diante da nossa torcida, então vamos fazer um esforço para melhorar e ir para o próximo desafio”, afirma o goleiro Marcelo Rangel, que acredita que após o grande teste do clássico anterior o time deve ter ajustes e melhorias para o restante da competição. “Tivemos as primeiras rodadas após um curto período de treinos. Acho que agora no próximo jogo temos a lição do Re-Pa. Nossa equipe é muito boa, mas se a gente não fizer o que o professor pede, pode ser mais complicado”.
Para o lateral-direito Vidal, a volta para a casa significa um maior conhecimento do espaço, o que tem que ser aproveitado. “A gente treina aqui e joga no Mangueirão, mas aqui é nossa casa. Estamos bem adaptados ao campo e fora que é um clássico na cidade. Por isso será um jogo muito difícil e precisamos ajustar algumas coisas para entrar bem nesse outro jogo importante para o nosso grupo”. O zagueiro Ligger salientou a proximidade com a galera que o Baenão proporciona. “A gente se habituou bem aqui no nosso estádio, mais que no próprio Mangueirão. Mas a atmosfera é a mesma. Como ficamos mais próximos da torcida, a gente consegue assimilar mais as cobranças dela”.