Wal Sarges
“Viro Onça” nomeia o novo trabalho da cantora Júlia Passos em um feat com a cantora Naieme. O lançamento ocorre nesta quarta-feira, 7, em todas as plataformas de streaming. Numa proposta bem caliente e caribenha, misturando carimbó e cumbia, o single traz uma combinação dançante perfeita.
“A letra da música narra um ato de conquista, mostra uma mulher independente, dona de si. Eu digo que a letra de ‘Viro Onça’ traz o poder feminino. Elas entendem esse significado, se divertem e voltam pra casa junto com as amigas. E o ato de virar onça pode ter muitos sentidos, dependendo da mulher que o interpreta. Pode ser no ato da conquista, da raiva, do poder, por exemplo, mas sobretudo, sobre a gente decidir como é a nossa onça”, diz Júlia, relatando que a música apresenta vários elementos regionais, como a cachaça de jambu.
A música surgiu de uma conversa que Júlia teve com a cantora Naieme, que começou a fazer a música durante o remake da novela “Pantanal”, mas seguindo o aspecto mais amazônico. “Eu pensei como seria esse arquétipo da mulher-onça e cheguei a ter um grupo com minhas amigas para falarmos das nossas sabedorias amazônicas. Eu e a Júlia conversamos, ela me falou o que ela queria porque, além de compositora, recebo encomendas dos amigos. A gente tomou um café e eu falei que tinha uma música com a vibe que ela queria explorar, mas ainda não tinha finalizado. Quando a finalizei, encaminhei pra Júlia em áudio, por telefone, e ela ficou louca (risos)”, conta Naieme.
“A gente se admira há muito tempo. O nosso trabalho como cantoras nos aproximou, especialmente no ano passado, quando a gente se reuniu para falar de música, carreira e afins. O primeiro single que eu lancei foi ‘Parauara’, em 2021, que ainda reverberava muito, mas eu já estava com muita vontade de lançar um trabalho novo. Quando [Naieme] me mostrou ‘Viro Onça’, eu disse que a música era perfeita e eu queria muito gravá-la porque se encaixou muito na minha proposta atual de trabalho, que é trazer cada vez mais à tona as minhas raízes latino-amazônicas. Essa é a identidade do meu trabalho, que eu chamo de um regional sofisticado, com raízes latino-amazônicas”, define Júlia.
A artista lançou o convite para o feat e logo em seguida veio o “sim” de Naieme, que sacramentou a parceria. “A gente tem energias muito parecidas, temos essa beleza amazônica, tem a nossa proposta de trabalho que traz também essas raízes da Amazônia, então ‘Viro Onça’ nasceu desse encontro, junto com essa amizade. A canção traz muito do poder da mulher amazônica, da mulher nortista, que tem um pouco de onça dentro de si. Se lá fora tem as lobas, aqui na Amazônia existem as onças”, brinca Júlia.
“A Júlia é uma querida, uma menina que eu amo e admiro muito. Eu tenho um carinho de amiga, mas na música, me sinto um pouco mãe. Eu me vejo um pouco nela no meu começo. Ela tem 25 anos, eu tenho 32, então a gente troca muito sobre isso, sobre como é ser mulher, fazer música, estar falando da nossa feminilidade amazônica, mas também ser mais empreendedora. Na música, gente se inspirou num arquétipo poderosíssimo da onça que vai dar o bote, aquela que sabe o que quer, que traz o seu objetivo. Fica também uma mensagem muito bacana para outras cantoras, outras artistas e outras mulheres que se identificam com essa força de ser mulher no Norte do país”, reflete Naieme.
OUÇA
Viro Onça
Artista: Júlia Passos
feat. Naieme
Quando: Hoje (07/02)
Onde: Plataformas digitais (Spotify, Deezer, etc)