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Chapolins Brasileiros marcam presença no jogo Pré-Olímpico de Basquete Feminino 2024, em Belém

Chapolins Brasileiros marcam presença no jogo Pré-Olímpico de Basquete Feminino 2024, em Belém

Se você é daqueles que curte esporte e acompanha os Jogos Pan-Americanos os as Olimpíadas, seja pela televisão ou in loco, é bem possível que, em algum momento, tenha se deparado com algumas figuras nas arquibancadas vestidas como se fossem o famoso personagem Chapolin, mas com as cores verde e amarelo. Eles são barulhentos, incansáveis, apaixonados por esporte e, acima de tudo, extremamente fieis aos brasileiros.

A ideia de formar uma torcida organizada para acompanhar de perto os atletas do país em grandes competições internacionais surgiu em Belém, em 2011, quando o médico endocrinologista Rubens Tofolo, e seu irmão, o nutricionista Rui Tofolo, resolveram que iriam acompanhar os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara no México. Para a viagem, a dupla ganhou o reforço de Neide, irmã de Rubens e Rui, e do amigo José de Aviz.

Só acompanhar de perto o Pan não era suficiente. Se eles fossem torcer de verdade era preciso chamar a atenção e, ainda, tentar angariar mais apoio. Foi aí que surgiu a ideia de uma roupa especial. “O Chapolin é um personagem mexicano. Então, resolvemos criar uma fantasia que chamasse a atenção dos mexicanos para apoiar os nossos atletas”, lembra Rubens. Nasciam os Chapolins Brasileiros, uma torcida que mais do que quadruplicou nos últimos anos e que está firme e forte rumo às Olimpíadas da França.

Mas, enquanto ela não chega, os Chapolins marcam presença nos jogos Pré-Olímpicos, e estarão fazendo barulho nas arquibancadas dos jogos de basquete feminino, entre 8 a 11 de fevereiro, em Belém, onde o Brasil jogará contra a Austrália, Sérvia e Alemanha.

“Estamos na expectativa e confiantes que a seleção brasileira não decepcionará e garantirá a vaga nas Olimpíadas”, afirma Rubens Tofolo.

A ligação de Rubens com esportes vem de longe, uma herança de sua mãe, Carmelita Tofolo. Ela era apaixonada por esportes. Ao lado dela, Rubens teve a felicidade de acompanhar, em Sydney, o momento mais marcante do basquete feminino brasileiro.

“Eu tive a alegria de estar presente nas duas conquistas mais importantes dos esportes coletivos femininos do Brasil. Quando a seleção brasileira de basquete ganhou o Mundial de 1994, em Sydney, eu estava lá com minha mãe. Nós éramos apaixonados pela Hortência e pela Paula”, contou, referindo-se às duas principais estrelas daquela equipe que, em 12 de junho daquele ano, derrotou a China por 96 x 87 e levou o Brasil ao topo do basquete feminino. “A minha mãe gostava muito de esportes, apesar de nunca ter sido atleta”, conta Rubens. “Ela incentivava muito, acompanhava tudo, sabia o nome de todos os jogadores e era muito especial”, diz.

Por tudo isso, Rubens viveu, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, um episódio que o marcou como poucos até hoje. “Um dos momentos mais especiais da minha vida aconteceu nas Olimpíadas de Londres, quando a foto da minha mãe apareceu no telão do estádio. O COI mandou um e-mail para todo mundo da família olímpica que tinha ingresso para a abertura e disse que eles fariam uma homenagem a todos os que tinham perdido alguém querido no quadriênio 2008/2012. Eu mandei uma foto e minha mãe apareceu no telão na cerimônia de abertura. Foi uma das maiores emoções que eu já tive”, afirma.

O passo seguinte foi preparar a indumentária. “Eu tenho um paciente que é carnavalesco, o Guilherme Repilla, e foi ele quem fez a roupa. Demos a ideia e ele criou”, continua Rubens.