Nildo Lima
Dos 19 novos jogadores contratados pelo Paysandu para a temporada 2024, nenhum tem justificado tão bem sua vinda para a Curuzu mais que o baiano, nascido em Salvador, Bryan Borges, de 27 anos. Nos três jogos que fez com a camisa do time, o soteropolitano mereceu, com folga, o título de craque das partidas. E o mais curioso é que além das boas atuações, o jogador tem se constituído em autêntico “coringa”, jogando tanto nas laterais – direita e esquerda – como na função de meia-atacante, como aconteceu contra o Águia, partida em que ele abriu caminho para a vitória do Papão por 3 a 0.
Antes do jogo no estádio Zinho Oliveira, Bryan já havia apresentado suas qualidades atuando primeiro na ala esquerda, contra o Santa Rosa, na abertura do Parazão, e, depois, diante do Caeté, no lado direito da defesa alviceleste. O jogador, que foi campeão estadual pelo Náutico-PE atuando na posição, não esconde sua predileção pelo lado canhoto. “Sinto-me confortável ali. Fiz 23 partidas na Série B de 2021 e todas na lateral-esquerda. Fui campeão do Pernambucano jogando na esquerda. Então, é uma posição que é tranquila para mim e vou sempre estar à disposição para ajudar o Paysandu”, afirma o atleta.
O jogador, no entanto, não viveu apenas bons momentos no futebol. Em 2021, ele sofreu uma lesão no joelho direito só voltando a jogar no ano seguinte, quando, lamentavelmente, voltou a encarar uma nova lesão no mesmo local. Recuperado, Bryan teve como último clube, antes de chegar à Curuzu, o Novorizontino-SP, em 2023, que por muito pouco não conseguiu o acesso à Série A deste ano. O versátil jogador tem merecido do técnico Hélio dos Anjos, que o indicou ao Paysandu, os mais rasgados elogios, fazendo coro à Fiel.
“Esse é um jogador extremamente técnico, interessantíssimo na função de lateral-direito e lateral-esquerdo, principalmente no lado esquerdo. Vou ser muito sincero, gosto mais dele do lado esquerdo. Mas é um jogador que tenho que ter atenção, pois quando nós o contratamos, já sabíamos do processo dele”, disse o treinador, se referindo, óbvio, aos problemas enfrentados pelo atleta em 2021 e 2022.