Já faz dois anos que ocorreu o derramamento de lama da barragem da Alcoa, localizada no município de Juruti, no oeste do Pará. Entretanto, quem viveu a tragédia afirma que a empresa ainda não providenciou qualquer contenção permanente e devidamente estruturada para evitar que a lama continue a avançar sobre os rios e igarapés da região.
Esta foi a denúncia feita pelos moradores do Jauari e da Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho (Acorjuve), durante uma reunião virtual com o Ministério Público Federal do Pará (MPF), realizada no dia 27 de julho deste ano. As informações são do portal De Anazônia/Pará.
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De acordo com os moradores de Juruti Velho, desde 2020, a única medida tomada pela mineradora para evitar a contaminação dos cursos de água foi improvisar uma barreira de contenção feita de pedaços de madeira, o que não impediu que a lama aterrasse ao menos três nascentes de rios na comunidade do Jauari, em Juruti Velho.
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Ainda segundo a comunidade local, a degradação provocada pela lama já atingiu aproximadamente 6 hectares de terras destinadas à plantações, tornando os lagos localizados na área afetada impróprios para a pesca, prejudicando o meio ambiente, a qualidade de vida da comunidade, e a economia local.
Diante das acusações feitas pelos moradores, que também contestam um estudo de impacto ambiental realizado pela mineradora, que estaria tentando minimizar os danos causados à região, o MPF do Pará iniciou uma negociação para que Acorjuve, a comunidade do Jauari e a Alcoa cheguem a um novo acordo.
De acordo com o De Amazônia/Pará, uma solicitação de esclarecimentos teria sido enviada à Alcoa quase uma semana antes da publicação da matéria. No entanto, até o momento a empresa não se pronunciou sobre as reclamações feitas pela população do Jauari.
O DOL também tenta contato com a Alcoa.