Carol Menezes
A Defesa Civil Estadual está desde ontem (30), em Rio Maria, no sudeste paraense, avaliando a extensão dos danos causados pelo volume de chuvas que desabrigaram cerca de mil moradores da cidade no início desta semana, de acordo com a prefeitura municipal. A análise técnica deverá embasar pedido de decretação de situação de emergência junto ao governo federal, status que facilita a obtenção de recursos para sanar ou amenizar os efeitos dos alagamentos registrados em pelo menos quatro bairros – Setor Chacra, Setor Remor, Setor Maringá e Beira Rio – após o transbordo do rio que dá nome à cidade.
O início do ano letivo na rede municipal, programado para hoje, quarta-feira, 31, acabou adiado. As aulas foram suspensas, a princípio, até o dia 8 de fevereiro, até que a enchente do rio Maria diminua. A prefeita Márcia Ferreira (MDB) conta que, tão logo se certificou da situação, entrou em contato com o governador Helder Barbalho (MDB), com o ministro das Cidades, Jader Filho, e com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), para pedir ajuda. “Foi um contato bastante ágil e rápido, todos estão sendo parceiros extraordinários. De pronto o governador confirmou que mandaria a Defesa Civil Estadual para cá justamente para que a gente consiga logo entrar em situação de emergência”, contou a gestora.
BUSCAS
As chuvas têm caído desde quarta-feira da semana passada, dia 24, chegaram a diminuir no sábado (27), mas recomeçaram no domingo (28) à noite e continuaram até segunda-feira (29), por volta das 14h. Márcia admite que, apesar do costume com o tempo de chuva e de algumas problemáticas nos anos anteriores, os estragos estão sendo muito maiores em 2024. Como a previsão é de mais chuvas para a semana, a prefeita afirma que estão sendo feitas buscas ativas de pessoas que ocupam moradias perto do rio Maria no sentido de orientá-las a deixar as casas rumo às escolas e galpões disponibilizados pela prefeitura para recebê-las neste período. “São cerca de mil pessoas que já estão em atendimento pelas nossas equipes, que contam com médicos, psicólogos, assistentes sociais, que estão recebendo também alimentação e outros itens de necessidade básica”, relatou Márcia Ferreira. Ainda segundo ela, frentes de obras que estavam em execução no município também foram afetadas pelos alagamentos, assim como o escoamento da produção rural.