Bola

Vitória dá moral e alegria ao Paysandu para o Re-Pa

Bryan celebra o gol que marcou em Marabá. Foto: Jorg e Luis Totti/PSC
Bryan celebra o gol que marcou em Marabá. Foto: Jorg e Luis Totti/PSC

Nildo Lima

Nem bem a bola parou de rolar no Zinho de Oliveira, o Re-Pa do próximo domingo, no Mangueirão, o primeiro da temporada, já entrou em cena para o Paysandu. Cumprida a missão fora de casa, os jogadores alvicelestes deixaram o gramado em Marabá com a mente voltada para o clássico. Na passagem para o vestiário, os comandados do técnico Hélio dos Anjos não escondiam que o foco, a partir dali, passou a ser o Clube do Remo. “Acabou o jogo e agora não tem como, é pensar no clássico”, apontou Bryan, autor do gol que iniciou a vitória passada fora de Belém.

O jogador previu o mesmo poder ofensivo do Papão para o Re-Pa. “É um jogo bom de ser jogado e vamos pra cima”, anunciou Bryan. “Temos uma semana cheia e importantíssima. Vamos trabalhar forte, pois temos o Re-Pa e é super importante chegar bem no clássico”, comentou o volante João Vieira, lembrando sua participação em confrontos com o maior rival. “Já joguei vários clássicos. Mais ganhei do que perdi, mas claro que vamos respeitar a equipe do Remo, mas clássico é clássico e temos de entrar para vencer”, completou.

O atacante Nicolas, agora artilheiro isolado do Estadual, com quatro gols, também não se furtou a falar do primeiro clássico do ano. “Re-Pa é bom. Semana importante. Acredito que vamos ter um grande jogo. Acredito que nossa torcida vai lá nos apoiar como sempre. Clássico é sempre bom de jogar, é sempre gostoso. Acredito que vamos ter uma boa semana, sem fake news e sem conversa fiada. Acredito que teremos uma boa semana de trabalho”, afirmou o goleador, que nunca deixou de marcar em jogos contra o maior rival bicolor desde que chegou à Curuzu, em 2019, sendo um autêntico “carrasco” azulino.

HÉLIO RADIANTE

“Fiquei muito feliz. Estou muito feliz.” O depoimento do técnico Hélio dos Anjos, após a vitória do Paysandu, sobre o Águia de Marabá, no último sábado, diz tudo sobre a apresentação bicolor fora de casa e que levou a equipe à liderança do Parazão.

O técnico fez alguns elogios específicos aos seus comandados, como no caso do atacante Nicolas, que segundo ele, não entrou em campo com 100% de condicionamento. “O Nicolas jogou com os dois tendões totalmente doloridos”, revelou o treinador, explicando, em seguida, o motivo do debilitado condicionamento do atleta.

“Por que isso? campo ruim, campo duro”, apontou, se referindo ao estado do gramado do “Diogão”, em Bragança, onde o Papão havia jogado a partida anterior pelo Estadual.

O treinador elogiou o comportamento do garoto Biel no confronto com o Águia de Marabá. “Pra mim, a grande surpresa no jogo, para ser sincero, foi a performance do Biel. Ainda vou receber os dados, mas acho que ele foi quem mais roubou bola”, disse. Dos Anjos ressaltou a importância da vitória fora de casa, a segunda da equipe alviazul fora de seus domínios.

“A gente sabia que o jogo era de autoafirmação. Ganhar uma partida como essa, ganhando como ganhamos, realmente é uma partida da autoafirmação”, avaliou o comandante do Papão que ressaltou a importância de o jogo ter sido disputado em um gramado em condições, bem diferente do que aconteceu em Bragança, onde o estado o gramado prejudicou o rendimento de Caeté e Paysandu, pela 2ª rodada do Parazão.

“Não é o melhor campo do mundo. Muitas das vezes os clubes do interior não têm condições de ter ‘tapetes’, mas podem ter campos em boas condições de jogo. Choveu, o campo pesou, mas a bola rolou e aí o time mais técnico se sobressai muito”, comentou o treinador, que já começou, assim como os seus jogadores, a pensar no Re-Pa do próximo final de semana, partida que ele conhece como poucos dos envolvidos no primeiro clássico da temporada 2024.