Tylon Maués
Apresentado oficialmente dia 17 de janeiro, o meia-atacante paraense Marco Antônio garantiu que chegava ao Baenão para a realização de um sonho. Torcedor azulino desde criança, aos 26 anos ele está tendo a oportunidade de defender o clube do coração. Em dois jogos, ele marcou um belo gol de falta e foi bastante elogiado em ambas as ocasiões, sempre saindo do banco de reservas. Foi o suficiente para boa parte da torcida reclamar por uma vaga para ele entre os titulares.
Podendo jogar tanto como segundo volante quanto na armação, ele vem sendo utilizado mais adiantado até aqui e parece que vai ser assim daqui em diante, pelo menos enquanto estiver dando certo. Essa opção se dá, também, pelas boas estreias de Giovani Pavani e Camilo, que vêm se saindo muito bem. Curiosamente, são os três homens de maior potencial criativo que estão atualmente no Baenão.
Revelado pela Desportiva Paraense, desde 2016 Marco Antônio tem contrato com o Bahia-BA, quando se profissionalizou. Ele chegou a ser emprestado para outros clubes como Atlético-GO e Chapecoense-SC. Mas, além do tricolor baiano, foi no Botafogo-RJ que conseguiu maior destaque. Ele foi campeão da Série B de 2021 com a camisa do Glorioso, com 48 partidas na temporada e dez gols marcados, sendo um dos destaques daquela equipe.
Em sua apresentação, ele deixou claro a identificação que tem com o clube, abraçando o projeto que lhe foi apresentado. “Eu me sinto muito honrado de ter abraçado esse projeto, com a alma mesmo, de todo o meu coração. Quero agarrar essa oportunidade que o Remo está me dando, porque não é fácil chegar até aqui. E se cheguei é porque alguma coisa eu tenho, e é dentro de campo que tenho de mostrar isso”.
Mesmo sendo também um estreante no Remo, como a maioria do atual elenco, Marco Antônio sabe muito bem o terreno onde está pisando pelo conhecimento que tem do futebol paraense. Isso é motivo de conversas constantes com os novos companheiros para evitar que alguém se surpreenda positivamente ou negativamente. “Nós jogadores temos que entender a camisa que estamos vestindo, é um time de pressão, com milhares de torcedores apaixonados. Vai ser uma grande honra estar jogando do lado da torcida”.
O jogador falou com exclusividade ao BOLA sobre esse começo de temporada e a expectativa que já existe para o clássico Re-Pa, próximo jogo do Leão Azul, marcado para daqui a uma semana, dia 4 de fevereiro.
P – Como tem sido esse início de experiência no Remo, seu time de coração e de boa parte de sua família? Você imaginava um dia voltar a Belém para defender um clube local?
R – Sempre esperei por esse dia, mas não sabia que ia ser tão cedo assim. Estou muito feliz e motivado para fazer história nesse clube gigante. Creio que vamos conseguir os objetivos do clube e entregar o nosso melhor para essa torcida.
P – Você teve boas atuações nos dois primeiros jogos, mas sempre entrando no decorrer da partida. Em quanto tempo você acredita que estará bem fisicamente para encarar uma partida inteira?
R – Estou trabalhando firme para entregar o melhor dentro de campo junto com o grupo. Quero muito estar jogando durante os 90 minutos, mas isso vou ter que conquistar durante os treinamentos e venho trabalhando forte para isso.
P – A torcida está muito animada desde a montagem do elenco até os primeiros jogos. Esse sentimento do torcedor já é sabido pelos jogadores? Aumenta ainda mais a responsabilidade na busca pelo acesso para a Série B?
R – Eles têm essa expectativa na gente e vamos retribuir dentro de campo. Viemos pra cá com muita ambição de entregar aquilo que não só eles almejam, mas nós também. Queremos muito conquistar os objetivos do clube, queremos escrever uma história no clube com títulos e acessos.
P – O Re-Pa é o próximo jogo. Você é de Belém e sabe o quanto o clássico é importante para a cidade e o quanto ele mexe com os torcedores. Você já está sentindo essa ansiedade? O que acha que vai passar pela sua cabeça quando disputar o primeiro Re-Pa de sua carreira?
R – Já vi muitos Re-Pas das arquibancadas e sei o quanto pesa um clássico desse. A cidade para pra ver esse jogo, então nada melhor que começar bem o primeiro clássico do ano. Todos já sabem o quanto esse jogo é esperado e importante para nós e eu quero muito jogar e ajudar a equipe. Vamos trabalhar durante esses dias para chegarmos da melhor forma possível no clássico.
P – O quanto esse adiamento do jogo contra o Tapajós pode ser benéfico para a preparação do time visando o Re-Pa do dia 4 de fevereiro?
R – Na verdade, eu particularmente queria muito que tivesse esse jogo agora nesse final de semana, mas com o adiamento da partida ganhamos mais alguns dias de treinamentos até o clássico. Vamos procurar melhorar naquilo que tem que ser melhorado e nos preparar bem mais para encarar esse jogo.