Bola

Ricardo Catalá quer o Remo na "zona do desconforto"

Tylon Maués

O Clube do Remo ainda está em busca de reforços, em especial para o setor de armação, com alguém para revezar com o experiente Camilo, que não deve estar sempre à disposição quando o calendário ficar mais apertado. Recentemente, o clube trouxe os atacantes Kelvin e Ribamar, mas estes foram considerados boas opções de mercado. Na última quarta-feira, antes do jogo contra o Castanhal, o presidente Antônio Carlos Teixeira reforçou a intenção de se trazer um jogador com essas características. “Ainda temos o pensamento de trazer um camisa dez. Não estamos com pressa. Se aparecer uma oportunidade no mercado, vamos trazer esse jogador”.

Para o técnico Ricardo Catalá, a chegada de novos jogadores significa maior competitividade dentro do elenco e, consequentemente, maior rendimento da equipe. “Quando eu disse que não teríamos um elenco tão extenso e teríamos dois atletas por posição, é justamente pra isso. Ninguém vai poder jogar com essa camisa achando que é titular absoluto, porque isso não vai existir aqui. Então, isso aumenta o nível de competitividade interna”, explicou o treinador, que garante não ter titular absoluto sob seu comando. “O meu compromisso não é com nenhum deles. Eles sabem disso. O compromisso é fazer o melhor para o time”.

Quando perguntado sobre a rotatividade de braços a usar a faixa de capitão até aqui, Catalá afirmou que ela vai continuar e que isso não interfere nas lideranças dentro do elenco. “Sobre a faixa de capitão, sei que ela tem um simbolismo grande no futebol, mas para mim ela é só um pedaço de pano. Vários jogadores são capitães sem usar a braçadeira. Nós temos no grupo pelo menos 6, 7 atletas com perfis diferentes para ser capitão. Eu vou rodar e, no clássico, vai ser outro jogador”.

Mais importante que uma braçadeira, completou o treinador, é manter o time se comunicando dentro de campo, um cobrando o outro em busca de uma melhoria conjunta. “Time que fala pouco, que se cobra pouco, que se desconforta pouco é time que perde, é time que não vence. Então, quanto mais caras ativos dentro do vestiário, independente de estar com a faixa ou não, mais desconfortáveis eles vão estar porque o desconforto traz crescimento. Ninguém cresce no conforto, ninguém cresce no comodismo, ninguém cresce na zona em que está tudo bem”.