Tylon Maués
Depois da reapresentação de ontem, o técnico Ricardo Catalá terá somente hoje para comandar um treino de fato antes do Clube do Remo voltar a campo, amanhã à noite diante do Castanhal, no Mangueirão, pela segunda rodada do Campeonato Paraense. Possivelmente, o time azulino que encarou o Canaã seja diferente do que vai entrar em campo contra o Japiim. O treinador azulino deu sinais disso quando mexeu bastante na equipe na segunda etapa do jogo de domingo e explicou a situação.
“Não fazia sentido nenhum não mexer no time. Há sempre um risco de lesionar. Eu acho que a gente está caminhando bem, vamos continuar com essa evolução”, disse. “Estamos numa direção boa, num primeiro momento, levando em consideração os treinos e a estreia. Mas a ideia é rodar o elenco. Foi a primeira vez que os jogadores fizeram 90 minutos, porque a gente não tinha feito nenhuma atividade mais longa. Penso que quanto mais a gente rodar, mais todos estarão preparados e prontos para nos representar. E maior vai ser a minha capacidade de conseguir avaliar nosso elenco”.
Catalá afirmou saber que os resultados são importantes nesse momento, mas que não se apegará a eles para tomar as decisões e fazer o que foi planejado. Rodar o elenco tem também objetivo de evitar um desgaste maior e, com isso, uma lesão. “Não vamos correr riscos desnecessários com lesões, e a gente sabe que elas podem acontecer mesmo assim, pois fazem parte do esporte. Mas aquilo que eu puder fazer pra controlar eu vou fazer. A equipe vai oscilar em algum momento, é natural que isso ocorra nesse início de temporada. Pensar que vamos vencer jogos sempre por 5 a 0 é uma utopia, porque é algo totalmente fora da realidade”.
CHEGADAS – Com as chegadas dos atacantes Kelvin e Ribamar programadas para essa semana, o Remo ainda está à procura de mais reforços. Catalá não soube precisar o quanto o elenco está pronto ou não, até pela falta de testes de nível. Por isso ele deixou claro que o clube continua ativo e de olhos bem abertos para boas oportunidades de mercado, citando justamente as duas últimas contratações, que não estavam originalmente nos radares, mas que posteriormente foram bem avaliados pelos dirigentes azulinos.
“É difícil de eu falar o quanto precisa para a Série C, porque nós temos só um jogo nas costas. Na hora que a gente tiver uns dez, doze jogos, a gente vai poder saber se esse ou aquele entregou ou não o esperado”, afirmou Catalá. “A gente vai botar os caras na arena para ver eles jogando, respondendo sobre pressão, que é diferente do treinamento. Aí, no final do Estadual, a gente vai poder tirar essas conclusões nesse momento”, finalizou o treinador.