Tylon Maués
Cinco meses depois de ter feito seu último jogo oficial, a vitória de 3 a 1 sobre o Altos-PI na rodada final da primeira fase da Série C do ano passado, o Clube do Remo finalmente volta a campo. Hoje, às 16 horas, o time azulino encara o Canaã na estreia dos dois no Campeonato Paraense de 2024. De lá para cá quase tudo mudou.
O quase fica por conta da permanência do técnico Ricardo Catalá e pouquíssimos jogadores remanescentes do elenco do ano passado. De resto, passando desde o presidente ao executivo de futebol e 18 jogadores contratados, é praticamente um Leão Azul customizado para novos desafios, em especial eclipsar a imagem final deixada na temporada 2023, sem conquistas e uma campanha pífia no Campeonato Brasileiro.
É com essa cara quase toda nova que o Remo vai a campo logo mais. E é uma novidade que caiu nas graças da torcida mesmo sem ela ter visto o time em ação em nenhum momento. Isso se deve à promessa de novos tempos, com mais profissionalismo e critérios nas competições, que tem vínculo direto ao retorno de um velho conhecido, o cearense Sérgio Papellin que volta ao Baenão depois de mais de dez anos com trabalhos vitoriosos em clubes como Paysandu, Luverdense-MT e, principalmente, Fortaleza-CE, um dos.maiores cases de sucesso do futebol nacional nas últimas décadas.
A contratação de jogadores com passagens de sucesso por clubes de séries A e B encheu a torcida de esperança, a despeito de a maioria deles já ser de uma idade avançada. Quem chegou ao Baenão veio com o discurso de motivação e comprometimento pronto. “Vou procurar fazer o meu melhor e tentar ajudar de todas as formas. Estou preparado para isso, eu vim para isso”, garante o centroavante Ytalo, um dos ombros sobre os quais residem boa parte da expectativa dos torcedores azulinos por ter sido vice-artilheiro da Segundona do ano passado. “Eu vim aqui para ajudar o Remo a subir para Série B, seja com gols ou com passes. Eu já trabalhei com o Catalá, há muito tempo atrás, no começo da carreira dele. Sei o estilo dele de jogar, então eu sei como me portar dentro de campo”, completou o atacante.
Esse conhecimento prévio de como o treinador trabalha é uma constante com quase todos os novos contratados. Muitos deles trabalharam anteriormente com Catalá em outros clubes, o que queima algumas etapas quanto à adaptação ao novo trabalho. “Ele sabe todas as minhas características, por isso me procurou. Já trabalhei com ele em dois clubes. Ele pede para eu fazer o que eu sei, mostrar dedicação, correr o campo inteiro, pois técnica vai ter. É só para eu correr e fazer o simples, que vai sair naturalmente”, confirmou o meia Giovani Pavani.