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Ritchie celebra 40 anos de carreira em Belém

Ritchie celebra 40 anos de carreira em Belém Ritchie celebra 40 anos de carreira em Belém Ritchie celebra 40 anos de carreira em Belém Ritchie celebra 40 anos de carreira em Belém
Um dos grandes hitmakers dos anos 1980, Ritchie festeja 40 anos de carreira com a turnê “A vida tem dessas coisas” em Belém
Um dos grandes hitmakers dos anos 1980, Ritchie festeja 40 anos de carreira com a turnê “A vida tem dessas coisas” em Belém

Um dos grandes hitmakers dos anos 1980, Ritchie festeja 40 anos de carreira com a turnê “A vida tem dessas coisas”, que chega nesta sexta-feira, 19, a Belém, no palco da Assembleia Paraense. Com uma megaprodução e ao lado de uma banda de respeito, traz com ele sucessos que ultrapassaram gerações, como “Menina Veneno”, “Casanova” e a música que nomeia a turnê. A noite ainda terá show do paraense Markinho Duran e set do DJ Ivan Davis.

A turnê marca como ponto de partida para as celebrações o lançamento do primeiro álbum do cantor, “Voo de Coração”, que surgiu de forma despretensiosa e acabou ultrapassando todas as marcas da época, tornando-se um grande sucesso. Lançado em 24 de junho de 1983, e puxado pelo sucesso do compacto de “Menina Veneno” (que chegou ao público meses antes, em fevereiro), o disco vendeu mais que Roberto Carlos naquele ano e chegou a ameaçar o desempenho de “Thriller”, de Michael Jackson, no Brasil.

O sucesso chegou no momento em que ele já pensava até em desistir. Já casado com Leda Zuccarelli e à espera da primeira filha, Mary, Ritchie andava meio deprimido com a música e dava aulas de inglês para viver. O alcance de “Menina Veneno” pegou o cantor e o parceiro Bernardo Vilhena desprevenidos. “Ela [a música] mudou minha vida literalmente, porque quando estourou eu ainda era professor de inglês e dava aulas todo dia, de manhã, a partir de 7h. Tive que largar meu ofício da noite para o dia para poder fazer viagens de divulgação”, relembra ele, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO.

“Quando eu e o Bernardo Vilhena compusemos a canção, nosso sonho maior era que ela tocasse eventualmente durante dois meses, no máximo, nas rádios. Jamais imaginávamos que ela viria a se tornar uma música tão popular e que eu estaria celebrando os 40 anos da canção com uma megaturnê Brasil afora agora. Ela é a prova de que os sonhos, às vezes, podem se tornar realidade e até mesmo superar as maiores expectativas”, diz Ritchie.

A boa repercussão de público e crítica do novo show, que estreou em novembro passado, no Rio, mostra que as canções não envelheceram. E mais, que além do público que viveu os anos 1980 e encontrou a obra de Ritchie naquela época, o músico ganhou novos fãs, algo expresso em seu crescimento na internet. Só no YouTube, as visualizações do seu canal ultrapassam 70 milhões.

No palco, músicas como “Pelo Interfone”, “Só Pra o Vento” e “Transas” ganham novas versões sob uma embalagem bem cuidada. Com direção geral de Jorge Espírito Santo, concepção visual de Alexandre Arrabal e Kiko Dias e iluminação e projeto de palco de Césio Lima, o show também conta com projeções e efeitos especiais que ambientam o espetáculo com a tecnologia que já era tema de músicas de Ritchie lá atrás. Ao lado dele, estarão os músicos Eron Guarnieri (teclados e vocais), Igor Pimenta (contrabaixo), Renato Galozzi (guitarras, violões e vocais), Hugo Hori (saxofone, flauta e vocais) e Luiz Capano (bateria).

AFETOS

Outro marco da história de Ritchie festejado neste show são seus 50 anos de Brasil. E tudo começou com Rita Lee, que ele conheceu em Londres, em 1972, quando ela, recém-saída dos Mutantes, dava um tempo por lá. O músico levou a sério o convite da cantora de visitar o Brasil e acabou ficando. “A gente tinha um amigo em comum que era o guitarrista da banda com a qual eu estava gravando um LP na época. Foi a Rita que me convidou para vir ao Brasil naquele mesmo ano e passei os primeiros meses hospedado na casa dos Mutantes na Serra de Cantareira em São Paulo”.

E reflete: “A Rita é uma peça chave na minha vinda ao Brasil. Caso eu não tivesse encontrado com ela naquela fatídica gravação londrina, é bem provável que não estaríamos tendo essa conversa agora e o meu destino de vida teria sido outro, bem diferente”.