Tylon Maués
A temporada de 2023 foi uma espécie de gangorra para o centroavante Ytalo. O alagoano de 36 anos começou o ano emprestado à Ferroviária-SP, mas uma infecção bacteriana no olho direito o tirou dos gramados por dois meses. Por opção própria, preferiu ficar em casa se cuidando a se arriscar a um mal maior. Depois de curado, acertou a ida ao Sampaio Corrêa-MA, que lutava na parte de baixo da tabela da Série B. Depois de um começo ruim, ele entrou em forma e conseguiu um desempenho individual muito bom, sendo vice-artilheiro da competição com 13 gols, um a menos que Gustavo Coutinho, do Atlético-GO. Os gols não foram suficientes para salvar a Bolívia Querida do rebaixamento. Agora no Baenão, ele quer escrever uma história com final diferente.
“O que me fez vir pra cá foi a proposta de um time competitivo para brigar para subir para a Série B, de um time forte. Espero que a gente possa chegar aos nossos objetivos. Temos aqui jogadores de nome, mas a gente veio para competir, e que a gente possa ajudar o Remo a subir de divisão”, comentou o jogador. De fato, o anúncio de sua contratação pelo Remo chamou muita atenção dos torcedores. Primeiro reforço confirmado pelo clube, dia primeiro de dezembro do ano passado, Ytalo vinha de boas participações por onde passou, em especial na Segundona que havia terminado há pouco.
O jogador chegou a Belém dia 2 de janeiro e admite que, por conta do pouco tempo na cidade, ainda não teve maior contato com os torcedores, passando a maior parte dos dias na concentração em um hotel da capital. Ainda assim, ele garante saber o que lhe espera e estar preparado para isso. “Aumenta minha responsabilidade, mas eu estou preparado pra isso, eu vim pra isso. Sei também que tenho companheiros do lado para ajudar. Eu vim para ajudar o Remo a subir e pode ser com gols, com passes, como for”, disse. “Espero que esse carinho possa durar bastante tempo e que eu possa corresponder à altura ao torcedor. Tomara que eles compareçam na nossa estreia, dia 21, para que a gente possa fazer uma grande atuação e sair com a vitória”, completou Ytalo.
SUSTO – Mesmo com os gols marcados, o ano passado marcou também pelo susto nos primeiros meses. “É difícil começar o ano com um problema no olho. Fiquei um pouco assustado, com dois dias sem enxergar. Passei a tomar medicações e optei por ficar dois meses em casa. Me recuperei e tive o acerto com o Sampaio”, lembra o atleta, que lamentou o destino final do Sampaio. “Eu consegui me destacar, mas não da forma que queria. Podia ser artilheiro e a equipe não ter sido rebaixada, mas eu acho que em forma geral, pra mim foi muito bom. Peguei ritmo de jogo depois de não ter tido pré-temporada por causa de um problema no olho”.
Para 2023, há também a expectativa pela reedição de uma antiga parceria. “Já trabalhei com o (Ricardo) Catalá muito tempo atrás, no começo da carreira dele. Sei o estilo dele, então sei como conseguir me portar dentro de campo. E é isso que eu vou fazer. Tentar fazer os gols quando tiver oportunidade”.