Itaituba registra 18 ataques de morcegos em área de garimpo

Itaituba registra 18 ataques de morcegos em área de garimpo

O reino animal é repleto de variedades de espécies com muitas características compartilhadas e outras únicas, como os morcegos, que se destacam entre os mamíferos por serem os únicos a terem desenvolvido a capacidade de voar.

No entanto, o potencial voador dos morcegos pode representar sérios riscos, especialmente à saúde dos seres humanos, pois uma pequena parte da variedade de espécies do animal tem hábitos de hematofagia, ou seja, se alimentam do sangue de outros animais e são considerados vetores de zoonoses por meio da mordida em seus alvos.

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Em Itaituba, região sudoeste do Pará, apenas na última semana, foram registrados 18 ataques de morcegos a humanos em uma área garimpeira do município.

O 9º Centro Regional de Saúde de Santarém, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), foi notificado das ocorrências. Segundo a coordenadoria do órgão, as notificações são oriundas de duas comunidades que ficam nas regiões de garimpo pertencente à Itaituba.

A Sespa afirma que os pacientes serão monitorados por conta de uma eventual infecção pelo vírus da raiva e que os mesmos devem receber doses da vacina contra a zoonose e a administração de soro antirrábico.

RAIVA

Considerada uma zoonose mortal, a raiva é provocada por um vírus da família Rabhdoviridae e possui letalidade próxima a 100%. A forma de transmissão é quase sempre a mesma: mordidas de animais infectados pelo vírus, onde a saliva é a principal fonte de contaminação. No entanto, arranhaduras e lambeduras também podem ser fonte de contágio, pelo contato entre mucosas e a pele.

A doença pode acometer morcegos, cavalos, bois, guaxinins, cachorros, gatos, vacas, macacos, porcos, cabras, entre outros mamíferos, inclusive o homem.

Por levar ao desenvolvimento de problemas neurais nos humanos, é importante lavar o local em que um animal tenha atacado com água corrente e sabão e procurar auxílio médico para demais orientações. Também é necessário monitorar o animal, se possível, para observar possíveis mudanças de comportamento.

Outras informações sobre a doença podem ser consultadas na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde.