A partir do dia 15 de janeiro de 2024, o tradicional sistema de transferência de valores, conhecido como DOC (Documento de Ordem de Crédito), deixará de operar no sistema bancário brasileiro. Essa mudança marca o fim de uma das formas mais antigas de transações financeiras eletrônicas, que por décadas facilitou a movimentação de recursos no país.
O DOC foi instituído em 1978, como uma solução para transferências bancárias que não necessitavam de compensação no mesmo dia. Com a evolução tecnológica e a demanda por transações mais rápidas e eficientes, o sistema começou a perder espaço para alternativas como a transferência eletrônica disponível (TED) e, mais recentemente, para o PIX, sistema instantâneo de pagamentos implementado pelo Banco Central do Brasil.
O Banco Central anunciou que a decisão de encerrar as operações via DOC vem em resposta à consolidação do PIX, que oferece transferências 24 horas por dia, sete dias por semana, com recursos disponíveis na conta do destinatário em poucos segundos, e sem custos para pessoas físicas. A medida também está alinhada com a estratégia de modernização do sistema financeiro nacional, buscando maior eficiência, redução de custos e inclusão financeira.
IMPACTO PARA OS USUÁRIOS – Para os usuários, o fim do DOC implica uma adaptação para as novas modalidades de transferência. Entretanto, a transição é vista como benéfica, uma vez que o PIX, já amplamente adotado pela população, oferece maior agilidade e disponibilidade. Instituições financeiras estão em processo de comunicação com seus clientes para garantir que a mudança ocorra de maneira suave, oferecendo suporte e instruções detalhadas sobre como utilizar as novas ferramentas.
Vale destacar que a TED (Transferência Eletrônica Disponível), que permite que o envio de dinheiro seja efetivado no mesmo dia caso a operação ocorra até 17h, continuará existindo. É um meio de pagamento mais utilizado para transferências de grandes valores.
O término das operações via DOC é um passo significativo na evolução do sistema bancário. Enquanto o DOC faz parte da história bancária do Brasil, o futuro se volta para soluções instantâneas e adaptadas ao ritmo atual da sociedade. A expectativa é de que a descontinuidade do DOC torne o sistema financeiro mais ágil, seguro e inclusivo, acompanhando as tendências globais de inovação em pagamentos.