Ações estratégicas voltadas para o combate ao tráfico de drogas, no ano de 2023, resultaram em mais de 8 toneladas de entorpecentes apreendidos pelas forças de segurança. Os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), apontam um aumento no número de apreensões em relação ao ano de 2022, onde foram apreendidas mais de 3 toneladas.
Para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, as estratégias do Governo para inibir e coibir esse tipo de prática criminosa são fruto de investimentos voltados para as rotas utilizadas pelo tráfico, a exemplo da implantação da Base Fluvial Antônio Lemos, no município de Breves.
“Como a nossa principal rota de tráfico de drogas é fluvial, montamos desde o início da gestão uma estratégia pontual com a criação de Bases Fluviais, além da aquisição e incremento de novas embarcações, visto que a área fluvial do Estado é muito extensa. A Segup tem hoje mais de 80 embarcações, dentre essas, três embarcações blindadas, as quais o Estado não possuía anos atrás. Implementamos ainda a primeira Base Fluvial do Estado, ‘Antônio Lemos’, instalada no estreito de Breves, que atua em pleno funcionamento realizando, periodicamente, várias apreensões, pois está localizada em uma das principais rotas de embarcações que chegam até o Estado vindas do Amazonas e do Amapá”, disse o titular da Segup.
O secretário ressalta ainda a criação de uma nova base para conter a entrada de drogas pela divisa do com o Amazonas, próximo ao município de Óbidos. “Estamos dando andamento também na construção do que será a nossa nova Base Flutuante, a ser instalada em outro ponto estratégico de acesso ao nosso Estado no município de Óbidos, que será denominada Base Candiru, que vai fiscalizar e monitorar a tentativa de entrada do tráfico e o tipo de drogas que chegam por outra rota fluvial, sendo essa nossa porta de entrada, na divisa com o Amazonas”, falou.
Apreensões – Em 2023, o Estado apreendeu o total de 8.760,447 kg de entorpecentes, destes, 3.238,456 kg do tipo cocaína e 5.521,991 kg do tipo maconha, e ainda 10.460 pés de maconha. Já no ano de 2022, o Estado aprendeu o total de 3.417,456 kg de drogas, sendo elas, 1.453,527 kg de cocaína e 1.963,929 kg de maconha, e também, 2.413 pés de maconha.
Rotas – Os principais pontos de passagem de drogas no Pará são previamente mapeados e analisados por meio das agências de inteligência, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar, que monitoram as ações do tráfico no Estado onde as grandes apreensões são realizadas, de acordo com o secretário de Segurança do Pará.
“Nesses pontos estratégicos, previamente mapeados pelas nossas agências de inteligência, é que nossa força de segurança atua e onde conseguimos realizar as grandes apreensões. Quando a droga consegue passar sem ser percebida, monitoramos durante seu trajeto, no estreito de Breves, onde a nossa Base Flutuante já realizou, somente no ano de 2023, mais de 3 toneladas de apreensões, pois essa região é um dos principais corredores vindos do Rio Amazonas. Desta forma estamos sempre bem posicionados e trabalhando em estratégias constantes para coibir e inibir o tráfico no Pará.
Redução na Criminalidade – Em cinco anos o Estado alcançou a redução de 49% nos crimes violentos, o que resulta em uma queda nos indicadores de criminalidade em todo o Pará, e para o titular da Segup, esse é mais um reflexo das ações de segurança desenvolvidas pelo Estado, pois as mortes e crimes cometidos contra a sociedade, explica, tem como base o tráfico de drogas.
“O tráfico de drogas é a bola propulsora de toda a criminalidade. Seja criminalidade patrimonial, em que as pessoas furtam e roubam para comprar drogas, seja a criminalidade que leva à letalidade. As pessoas matam grupos adversários para poder ter o domínio desse tráfico de drogas. Então, certamente o combate ao tráfico de drogas é fundamental para que a gente consiga reduzir cada vez mais a criminalidade violenta, de modo geral, e manter o nosso Estado com a estabilidade que buscamos nesses índices, e paz social que a nossa sociedade merece”, concluiu Ualame Machado.