Pará

Influencer presa por Jogo do Tigrinho quase foi eleita deputada; entenda

De acordo com a Polícia Civil, Noelle Maria de Araújo Lopes, em dois meses teria movimentado o valor de R$ 23.000.000,00
De acordo com a Polícia Civil, Noelle Maria de Araújo Lopes, em dois meses teria movimentado o valor de R$ 23.000.000,00

Presa na operação ‘Truque de Mestre’, que apura a atuação de influenciadores digitais em um suposto esquema fraudulento envolvendo jogos de azar, Noelle Araújo, 26 anos, proprietária da casa de swing “Palazzo Restô Club” e influenciadora digital, tentou a sorte na política nas últimas eleições e por pouco não conseguiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Concorrendo pelo PP, Noelle, teve 13.772 votos.

Nas informações repassadas à Justiça Eleitoral, ela se declarou solteira, com grau de instrução ensino médio completo e no espaço ocupação colocou ‘outros’.

Segundo a polícia civil, Noelle teria movimentado R$ 23 milhões em apenas dois meses. Todo esse dinheiro seria oriundo de esquemas de jogos de azar, cassinos online.

Os alvos da operação são influenciadores digitais que divulgavam jogos de azar, como o Fortune Tiger, mais conhecido como “Jogo do Tigrinho”. Eles movimentavam uma vultosa quantia financeira em dinheiro ao incentivar mais pessoas a aderirem à prática do jogo.

A operação foi desencadeada na última segunda-feira, 18, mas Noelle Araújo se apresentou somente no dia seguinte. A mãe dela chegou a ser presa na operação, mas foi solta após audiência de custódia. Já Noelle segue presa no Centro de Recuperação Feminina.

O QUE DIZ A POLÍCIA
Os influenciadores digitais começaram a arrecadar muito dinheiro após darem início na divulgação dos jogos e o trabalho principal deles dentro da organização criminosa era ludibriar os seus seguidores fazendo com que eles acreditassem em uma vida de fantasias adquirida com os ganhos provenientes dos jogos, entre eles o famoso ‘Jogo do Tigrinho’.

Viagens de luxo, compra de bens de altíssimo valor. Porém, segundo a polícia, tudo era uma fachada, já que os apostadores tinham baixíssimo índice de ganhos na plataforma, diferente de quem as divulgava. Segundo a polícia, o grupo pode ter movimentado pelo menos R$ 25 milhões no Estado.