'É preciso cuidado com os maus exemplos', alerta técnico do Remo

O técnico Eivaldo Junior reconhece que nem todo grande nome do futebol brasileiro ou mundial pode servir de referência para o atleta em formação.
O técnico Eivaldo Junior reconhece que nem todo grande nome do futebol brasileiro ou mundial pode servir de referência para o atleta em formação.

Nildo Lima

O técnico Eivaldo Júnior, de 53 anos, que há anos trabalha com a base do Clube do Remo, já tendo passado por todas as chamadas categorias inferiores azulinas, admite que o atleta em formação precisa receber uma boa orientação não só para o seu bom desenvolvimento dentro de campo, mas também fora das quatro linhas.

Uma das preocupações do treinador, que é formado em educação física, diz respeito às referências tomadas por seus jogadores dentro do futebol. “Costumo recomendar aos meus atletas que tenham sempre como referência Deus, em primeiro lugar, e, depois, os seus pais”, diz.

O técnico reconhece que nem todo grande nome do futebol brasileiro ou mundial pode servir de referência para o atleta em formação. Ele cita como exemplo o atacante Neymar. “A gente sabe que dentro de campo ele é um jogador que faz a diferença. Agora, o extracampo dele é negativo. Procuro passar isso aos meus jogadores, mostrando a eles que o Neymar, pelo que faz fora de campo, não pode ser tomado como exemplo completo”, salienta. “Existem outros atletas, provavelmente de menor fama, que podem ser tomados como referência”, ensina.

O treinador, que estará na Copa São Paulo de 2024, comandando o sub-20 do Leão, garante que o uso das redes sociais por seus atletas tem merecido algumas orientações. “A questão das redes sociais, tão usadas por quase todo mundo, tem merecido, também, de nossa parte recomendações aos nossos atletas. O que passo é que eles precisam ter protocolo de atleta, que exige certas regras, inclusive, no uso comedido das redes sociais, que não podem consumir tanto o tempo deles”, assegura.