Viatura do Batalhão de Eventos foi atingida por tiros durante a perseguição que salvou a vítima no bairro do Telégrafo.
Viatura do Batalhão de Eventos foi atingida por tiros durante a perseguição que salvou a vítima no bairro do Telégrafo.

Uma mulher vai ter que comemorar o aniversário duas vezes: o primeiro no dia em que nasceu e o segundo no último dia 3 de novembro, quando foi salva pela Polícia Militar de uma possível execução por integrantes de facção criminosa, o chamado “tribunal do crime”.

A ocorrência mobilizou equipes da PM e chamou atenção dos moradores do Canal do Galo, no bairro do Telégrafo, zona urbana de Belém, de acordo com informações do repórter J R Avelar. Segundo informações, por volta das 19h10min da segunda-feira, uma guarnição da viatura 8358 do Batalhão de Eventos realizava policiamento preventivo na travessa Mauriti, próximo à avenida Senador Lemos, quando foi surpreendida por um carro em alta velocidade. No interior do veículo, uma mulher — identificada como Maria de Nazaré Oliveira de Alcântara — pedia desesperadamente por socorro.

Os policiais iniciaram o acompanhamento e a perseguição terminou no Canal do Galo, onde três homens armados abandonaram o veículo e abriram fogo contra a viatura, fugindo logo em seguida. Durante o confronto, o para-brisa da viatura foi atingido por disparos, mas nenhum policial ficou ferido.

Maria de Nazaré apresentava ferimentos na cabeça provocados por coronhadas e foi rapidamente socorrida. Uma equipe da Unidade de Saúde Avançada 102 (Samu) prestou os primeiros atendimentos e a encaminhou ao Pronto Socorro Municipal da 14 de Março. O carro em que ela estava ficou crivado de tiros disparados pelos criminosos.

Resgate e Investigações

O tenente Mota, oficial de dia do BEP, orientou o encaminhamento do veículo à Seccional Urbana da Sacramenta, onde o boletim de ocorrência foi registrado e serão realizadas as perícias necessárias. Viaturas do 1º Batalhão e da Rotam também participaram das buscas na região, mas os suspeitos conseguiram fugir.

Ainda não há confirmação oficial sobre a motivação do crime, mas segundo informações preliminares, os agressores afirmavam que levariam a vítima para uma área de mata próxima à Ceasa, o que reforça a suspeita de que se tratava de uma sentença do “tribunal do crime”.