Penélope, a Japinha do CV. Foto: Reprodução
Penélope, a Japinha do CV. Foto: Reprodução

Penélope, a Japinha do CV, está viva. A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a jovem, conhecida pelos apelidos “Penélope” e “Japinha do CV”, não aparece na lista oficial de mortos da megaoperação contra o Comando Vermelho realizada na última terça-feira (28). O documento registra 115 suspeitos mortos — todos homens —, sendo que dois ainda aguardam identificação por falta de dados papiloscópicos ou genéticos. 

A suposta morte da traficante viralizou nas redes sociais e chegou a ser confirmada por fontes ligadas à corporação, mas, nesta terça, 4, a Polícia Civil informou que nenhum corpo feminino foi localizado.

Durante a semana, circularam notícias e publicações nas redes sociais afirmando que Penélope teria morrido em confronto com policiais. As publicações que tratavam da morte de Penélope mostravam um corpo vestido com uma roupa camuflada e com o rosto desfigurado após ser alvejado por um disparo de arma de fogo. 

“A imagem compartilhada era do corpo de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia. Contra ele, que tinha histórico criminal na Bahia, havia dois mandados de prisão ativos”, informou a Polícia Civil.

No entanto, a informação não foi confirmada, e novas apurações indicam que ela segue viva. Investigações preliminares apontam que a jovem teria atuado na linha de frente da facção, auxiliando na proteção de rotas de fuga e em pontos estratégicos de venda de drogas, embora a Polícia Civil não tenha divulgado detalhes sobre seu atual paradeiro.

Balanço da Operação e Envolvimento com o Tráfico

De acordo com o balanço da corporação, dos 115 mortos, 59 tinham mandados de prisão em aberto e 97 possuíam antecedentes criminais. Outros 12 apresentavam indícios de envolvimento com o tráfico em suas redes sociais, somando 109 pessoas com ligações diretas com o Comando Vermelho.

A PCERJ informou ainda que mais da metade dos mortos não era natural do Rio de Janeiro: 54% vinham de outros estados, entre eles Pará, Bahia, Amazonas e Goiás. As circunstâncias das mortes seguem sob investigação da Delegacia de Homicídios da Capital, com acompanhamento do Ministério Público, enquanto a Subsecretaria de Inteligência trabalha para mapear a estrutura da facção e a origem de seus integrantes.

A Figura de Penélope no Mundo do Crime

Conhecida pelo status de ‘musa do crime’, Penélope é tida como figura de confiança entre chefes do tráfico no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, ela costumava compartilhar fotos ostentando armas de fogo e roupas camufladas. Seu perfil teve as publicações apagadas após sua suposta morte viralizar.