
A ONG paraense Rádio Margarida, com mais de 30 anos de atuação na Amazônia, foi a grande vencedora da 14ª edição do Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, na categoria Comunicação Digital. O reconhecimento nacional premia instituições e personalidades que se destacam na luta contra a violência sexual infantojuvenil no Brasil.
A cerimônia de entrega do prêmio acontecerá no dia 22 de maio, às 11h, durante sessão solene no Instituto Serzedello Corrêa, sede da Escola Superior do Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília (DF). O evento integra as ações do 18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Comunicação como instrumento de transformação
A escolha da Rádio Margarida destaca o impacto de sua produção digital voltada à promoção dos direitos da infância e adolescência na região amazônica. A organização utiliza vídeos, podcasts, campanhas educativas, espetáculos e formações online como ferramentas de mobilização social, com foco especial em comunidades periféricas, rurais e ribeirinhas.
“Esse prêmio representa a visibilidade de uma luta coletiva e da força da comunicação popular como instrumento de transformação social. É um reconhecimento que pertence às comunidades, escolas e instituições com as quais atuamos diariamente em defesa da infância”, afirmou Osmar Pancera, fundador da Rádio Margarida.
Com sede em Belém, a ONG é referência nacional em metodologias de educação popular, teatro e comunicação aplicada aos direitos humanos. Seus projetos abordam temas como prevenção ao abuso sexual, saúde mental, cidadania, inclusão social e preservação ambiental.
Sobre o Prêmio Neide Castanha
Criado em homenagem à educadora e ativista Neide Castanha — uma das principais articuladoras do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes —, o prêmio reconhece ações de destaque na promoção e defesa dos direitos da infância.
A estatueta da premiação foi inspirada em arte do cartunista Ziraldo e representa o direito à infância protegida. A 14ª edição do prêmio é promovida pela Secretaria Executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e pela Rede Ecpat Brasil, com apoio de organizações da sociedade civil e de entidades do sistema de garantia de direitos.