Pará

Indústria paraense deve gerar 37 mil novas vagas de emprego

Trabalhadores expostos a agentes prejudiciais à saúde podem se aposentar mais cedo, a partir de 15 anos de contribuição ao INSS
. Foto: Ney Marcondes/arquivo
Trabalhadores expostos a agentes prejudiciais à saúde podem se aposentar mais cedo, a partir de 15 anos de contribuição ao INSS . Foto: Ney Marcondes/arquivo

Luiz Flávio

A perspectiva de crescimento industrial no Estado do Pará para os próximos 5 anos é de 4,5% ao ano. Assim, a projeção é de criação de 37.160 novas vagas com as futuras instalações de quatro novos distritos industriais nos municípios de Breves, São João de Pirabas, Santarém, Castanhal e de uma Zona de Processamento e Exportações (ZPE) em Barcarena. No total, serão 125.940 empregos diretos e indiretos, distribuídos entre os 4 distritos atuais (Ananindeua, Icoaraci, Marabá e Barcarena) e os que serão abertos. Os números são da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (CODEC).

Segundo a companhia, existem atualmente 193 empresas com cerca de 71.024 trabalhadores diretos e indiretos, sob gestão do órgão. A expectativa para os próximos cinco anos é que esse número chegue a 88.780 empregos, o que gera uma média de 3.550 empregos/ano, nos 4 distritos já existentes (Ananindeua, Icoaraci, Marabá e Barcarena).

Lutfala Bitar, presidente da CODEC, diz que a companhia tem trabalhado em parceria com várias instituições do Estado, sobretudo para fazer com que os empreendimentos ligados a indústria da transformação como por exemplo a indústria metal mecânica, indústrias ligadas a cadeia da construção civil e principalmente a bioeconomia, cresçam no Estado do Pará, “porque a bioeconomia consegue integrar melhor os elos dentro do Estado, agregando valor internamente e reduzindo os efeitos da indústria extrativista no Pará, conforme as diretrizes do Governador Helder Barbalho”.

Diretor de Estratégia e Relações Institucionais da companhia, Pádua Rodrigues ressalta que o objetivo institucional da companhia é atuar para a promoção do Estado como destino para investir, estimula a implantação de políticas públicas para o desenvolvimento local, fomentar a revitalização de áreas econômicas implantadas e apoiar a implantação de novas áreas.

“O Pará possui ativos econômicos excepcionais, como a logística estratégica; a ocorrência da maior província mineral do mundo, na Serra dos Carajás; o potencial hidroviário, com 20 mil km de vias navegáveis; o título de detentor do 4º maior rebanho bovino do país e 1º bubalino, e o status de maior produtor nacional de óleo de palma e dendê. Precisamos aproveitá-los em projetos estruturantes, como o Condomínio Industrial de Castanhal, a Zona de Processamento de Exportações (ZPE) e a Ferrovia do Pará”, destacou.

A Codec já obteve a aprovação do governo do Estado para iniciar obras nos quatro Distritos Industriais já em funcionamento e implantar mais dois Distritos em Castanhal e Breves, além da Zona de Processamento de Exportações de Barcarena.

O Distrito de Castanhal será o primeiro no formato de condomínio. Distribuídos por quatro municípios do Pará, os Distritos Industriais estão localizados em Belém, Ananindeua, Barcarena e Marabá. Somam 218 empresas em atividade, que geram em média 17 mil empregos diretos e mais de 52 mil indiretos.

Entre os serviços de revitalização previstos estão terraplanagem, pavimentação asfáltica, drenagem e sinalização horizontal e vertical, além de tapa-buracos, roçagem, limpeza, remoção de entulhos e pintura de meio-fio. O projeto será licitado nos próximos meses, para execução no primeiro semestre de 2024.

Andrey Lira, da regional Norte e Nordeste de uma fábrica de cimento no Distrito Industrial de Ananindeua, ressalta que as obras proporcionarão melhorias. “Nós, da Mizu Cimentos, recebemos com muito entusiasmo a informação da Codec sobre as obras de revitalização do Distrito de Ananindeua, um projeto muito bem planejado e com localização estratégica. Por conta disso, torna as empresas instaladas no DI muito mais competitivas. Essa revitalização trará conforto e segurança às empresas já instaladas, além de tornar o DI de Ananindeua uma vitrine para atração de mais empresas para a região”, afirma.

O DI de Castanhal deve iniciar as obras no primeiro semestre de 2024. Para o DI de Breves, a previsão é iniciar as fases de contratação dos projetos executivos de engenharia, arquitetura e contratação de empresa para buscar o licenciamento ambiental.

A ZPE de Barcarena consiste em uma área de livre comércio, na qual as indústrias destinam boa parte de sua produção para o mercado externo, obtendo vantagens administrativas, liberação cambial e isenção de tributos. A ZPE no Distrito de Barcarena tem programação de contratação do projeto de alfandegamento e atualização de licenças ambientais, e previsão de início das obras em 2024.

Pádua Rodrigues ressalta que a revitalização dos DIs é uma ação do governo do Estado, que “gera melhorias estruturais para manter o funcionamento adequado da urbanização, áreas de circulação e de convivência dos Distritos Industriais administrados pelo Estado, sem perder de vista que essa responsabilidade deve ser compartilhada com os municípios onde se encontram instalados”.