Ana Laura Costa
A abertura oficial da 11ª edição da Feira de Artesanato do Círio (FAC), ocorreu na noite de ontem (06), no estacionamento do Parque Porto Futuro, em Belém. Promovida pelo Sebrae desde 1989 a fim de fomentar e promover o trabalho de artesãos paraenses, neste ano o presidente nacional do Sebrae, Décio Lima, marcou presença e participou do Rito da Bênção da Feira, com visitação da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré.
Este ano a Feira foi ampliada e conta com dois pavilhões com 130 estandes. Até 11 de outubro, os visitantes terão a oportunidade de conhecer 100 estandes de artesanato, com produtos de artesãos de dez municípios do Estado e tipos variados como miriti, cerâmica, cuias e produtos ligados ao Círio de Nazaré. A expectativa é gerar R$ 1,5 milhão em volume de negócios e atrair 65 mil visitantes.
Mas o presidente nacional ressaltou que o maior evento de artesanato do Pará, e um dos mais importantes da região, não se trata apenas de negócios, mas da própria expressão de arte e cultura e a materialização da inteligência criativa de artesãos. “É uma cultura extraordinária, de forma muito diferenciada, porque aqui estão aqueles que nunca desistiram, aqui estão aqueles que sabem transformar principalmente essa atividade que é o artesanato, que é uma arte, na possibilidade de renda, nós do Sebrae Nacional estamos encantados”, ressalta.
De acordo com o diretor superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, além de oportunizar bons negócios, o principal objetivo é desenvolver empreendedores de pequeno negócio e fortalecer o segmento das micro e pequenas empresas no Estado. “Essas pessoas que estão aqui trabalhando, entregando o seu labor, o seu suor, muitas delas vão estar sobrevivendo mais de oito meses com os recursos que irão tirar daqui. E dessa forma a gente entrega ao estado do Pará o desenvolvimento, socialmente falando, numa entrega muito grande para os nossos empreendedores”, afirma.
A expositora do ateliê de biojóias “Feito em Madeira”, Márcia de Almeida, participa da FAC desde o início. Do reaproveitamento de pedaços de madeiras descartados em escombros e sobras de marcenaria, o trabalho sustentável hoje é o negócio da família. “Meu esposo é artesão, ele que realiza todo esse trabalho. Iniciamos o ateliê em 2005 e digo que essa feira é uma grande oportunidade de comercializar, divulgar a arte paraense e valorizar o nosso trabalho. É nossa forma de sobrevivência e ver essa valorização por parte do Sebrae é muito importante, somos muito gratos”, disse.
Novidades
Além dos estandes para a venda de artesanato, são novidades na edição deste ano: a Casa Artesanal, decorada com artesanato que poderá ser adquirido no evento; Casa Ribeirinha, que fica logo na entrada da Feira e retrata as construções ribeirinhas da região; Taberna da Nazinha, que terá uma variedade de produtos alimentícios, com sabores amazônicos, de seis empreendedores; Espaço de Biocosméticos, com diversos produtos feitos com insumos da Amazônia, dos segmentos de beleza, estética e bem-estar.