Às vésperas do Dia dos Namorados, um novo fenômeno vem chamando atenção no mercado de tecnologia e afetos: as chamadas namoradas reborn — bonecas hiper-realistas equipadas com inteligência artificial, capazes de interagir, responder perguntas e até simular emoções humanas. Embora o público seja majoritariamente masculino, versões masculinas também estão ganhando espaço, surgindo os “namorados reborn” como alternativa para solteiras e pessoas que buscam companhia emocional.
Esses bonecos não são simples brinquedos. Fabricados com silicone de grau médico, possuem estruturas internas articuladas, sensores de toque e sistemas de conversação por voz. Eles piscam, movimentam os lábios, respondem com frases programadas ou por IA, e têm expressões faciais que simulam empatia ou romantismo.
A empresa norte-americana RealDoll é uma das líderes do setor, permitindo a customização completa dos bonecos: o comprador pode escolher entre 17 tipos de corpos, 33 rostos diferentes, tons de pele, maquiagem e até solicitar uma réplica baseada em uma fotografia pessoal. Os preços variam de acordo com os recursos e personalização, mas modelos mais avançados podem ultrapassar os R$ 50 mil.
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O objetivo, segundo os fabricantes, vai além do entretenimento. Muitas pessoas que adquirem essas companhias artificiais relatam carência emocional, solidão crônica ou frustrações amorosas. Para elas, os bonecos reborn com IA representam um tipo de relacionamento livre de conflitos, rejeições ou demandas afetivas reais.
Especialistas alertam que o uso contínuo desses bonecos pode substituir interações sociais autênticas, mas também reconhecem seus benefícios terapêuticos temporários, principalmente para pessoas com fobia social, ansiedade ou em luto por perdas amorosas.
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