
A presidência da COP30 (30ª conferência das Nações Unidas sobre clima) anunciou ontem (14) uma lista de 30 enviados especiais selecionados para atuar na articulação com diferentes setores e regiões considerados prioritários na cúpula, que acontece em novembro deste ano em Belém.
Entre os enviados selecionados estão a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja; a líder indígena Sinéia do Vale; a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Jacinda Ardern, e o negociador climático chinês Xie Zhenhua.
A presidência da cúpula diz em comunicado que fez a escolha dos nomes considerando a relevância dos trabalhos de cada selecionado e os dividiu em dois grupos enviados para regiões estratégicas e setoristas. O time de enviados especiais vai atuar de forma voluntária e em caráter pessoal.
Os selecionados serão um canal entre a presidência da COP30 e os setores e regiões que representam, para apresentar suas demandas e pedidos. Além disso, eles irão atuar como interlocutores para o fluxo de informações na conferência.
Dez pessoas representam regiões estratégicas – Oriente Médio, Sul da Ásia, África, Oceania, América do Norte, Europa, América Latina, Leste Asiático -, sociedade civil amazônica e setor privado amazônico, e 20 são interlocutores de setores-chave, como florestas, sindicatos, oceanos, esportes, mulheres, agricultura familiar, entre outros.
“Os enviados funcionarão como facilitadores do fluxo de informações e de percepções de suas respectivas áreas. Precisamos ouvir muito sobre as expectativas nas áreas em que contamos com enviados especiais”, disse em comunicado o presidente da COP30, André Corrêa do Lago.
Um dos objetivos da iniciativa, diz o anúncio, é ter multiplicidade de vozes para formar um Mutirão Global contra a Mudança do Clima que mobilize governos, setor privado, sociedade civil, ciência, setor financeiro, entre outros.
*Texto de Fernando Azevêdo