EIS O MOTIVO

Legião Urbana: o lado sombrio por trás do sucesso “Pais e Filhos”

A música “Pais e Filhos”, um dos maiores sucessos da Legião Urbana, é frequentemente lembrada por sua mensagem de amor e empatia

Legião Urbana: o lado sombrio por trás do sucesso “Pais e Filhos” Legião Urbana: o lado sombrio por trás do sucesso “Pais e Filhos” Legião Urbana: o lado sombrio por trás do sucesso “Pais e Filhos” Legião Urbana: o lado sombrio por trás do sucesso “Pais e Filhos”
A música “Pais e Filhos”, um dos maiores sucessos da Legião Urbana, é frequentemente lembrada por sua mensagem de amor e empatia
A música “Pais e Filhos”, um dos maiores sucessos da Legião Urbana, é frequentemente lembrada por sua mensagem de amor e empatia

A música “Pais e Filhos”, um dos maiores sucessos da Legião Urbana, é frequentemente lembrada por sua mensagem de amor e empatia — especialmente no verso “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. No entanto, o verdadeiro significado da canção vai além da superfície emocional e toca um tema delicado: o suicídio.

Lançada no final da década de 1980, a canção abre com uma cena trágica:
“Ela se jogou da janela do quinto andar / Nada é fácil de entender”.

Durante participação no Programa Livre, do SBT, em 1994, Renato Russo fez questão de esclarecer o teor da música. No vídeo, disponível no YouTube, o cantor alerta:

“Escutem. Vocês sabem que essa música é sobre suicídio, né? Todo mundo pede música da Legião e faz um auê, mas essa é muito, muito séria.”

Na sequência, ele compartilha um relato pessoal:

“Agora eu tô legal e tudo, mas eu estive muito mal na minha vida. Muito mesmo. Gostaria de ter a idade de vocês e estar bem, mas quase joguei fora metade da minha vida, mesmo com sucesso, com tudo.”

Russo ainda comentou sobre o peso emocional de algumas canções e a dificuldade de revisitá-las:

“Às vezes, essas músicas refletem um momento da minha vida que eu não gosto mais de lembrar. Eu prefiro tocar outra coisa.”

Ele também defendeu o direito dos artistas de se expressarem de outras formas, sem ficarem presos a antigos sucessos:

“É importante o público respeitar o artista nesse sentido. Da gente querer falar coisas novas e seguir adiante.”

Apesar de tudo, ao fim da fala, o vocalista se rende aos pedidos da plateia e a banda começa a tocar “Pais e Filhos” — selando o momento com a força emocional que a música carrega até hoje.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.