
O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) — um dos principais espaços de referência científica, cultural e diplomática da programação paralela da Conferência das Partes (COP30), que acontece em Belém (PA) — sediará mais de 200 eventos a partir deste sábado (8). Ao longo de 14 dias, o público poderá participar de painéis, palestras, mesas-redondas, oficinas, exposições e encontros comunitários. As atividades ocorrerão nas duas bases do museu, o Parque Zoobotânico e o Campus de Pesquisa, e terão acesso gratuito, de domingo a domingo.
De acordo com o diretor do MPEG, Nilson Gabas Júnior, a instituição será um espaço estratégico para as discussões globais sobre o futuro da Amazônia. “Construímos uma programação comprometida com a ciência, com as comunidades tradicionais e com a sociobiodiversidade amazônica. Essa COP não poderia acontecer em outro lugar senão aqui, pela importância do bioma e pelas conexões que ele inspira entre povos e nações”, destacou.
Programação Temática do Museu Goeldi na COP30
Durante o período, o Museu Goeldi receberá delegações nacionais e internacionais e abrigará quatro grandes programações temáticas: Casa da Ciência, Casa Chico Mendes, Estação Amazônia Sempre e Embaixada Planetária.
A Casa da Ciência, organizada pelo MCTI e MPEG, será aberta no dia 11, às 10h, com a presença da ministra Luciana Santos. O espaço reunirá 45 eventos até o dia 21, incluindo painéis, mesas-redondas e exposições sobre tecnologia, sustentabilidade e a trajetória do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Já a Casa Chico Mendes, parceria do Museu com o Ministério do Meio Ambiente e diversas organizações sociais, promoverá cerca de 50 atividades voltadas a povos e comunidades tradicionais, mulheres indígenas, juventudes da floresta e das águas, além de eventos culturais e a “Marcha do Clima”.
A Estação Amazônia Sempre, fruto da cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), trará mais de 120 atividades sobre inovação e futuro sustentável da Amazônia, com participação de instituições da Pan-Amazônia.
Por fim, a Embaixada Planetária, liderada pela Embaixada da Suíça, será um espaço de diálogo sobre bioeconomia e sustentabilidade, e marcará o lançamento do projeto de restauração da “Casa Goeldi”.
Exposições e Encerramento
O Museu também sediará diversas exposições artísticas e científicas, entre elas:
- Brasil: Terra Indígena, sobre o protagonismo dos povos originários;
- Impressões da Floresta, de Anna Leal e Laura Calhoun, com obras feitas a partir de folhas de plantas;
- Diversidades Amazônicas, nova mostra permanente sobre a pluralidade da floresta;
- Mural Mahku, painéis pintados por artistas Huni Kuin;
- Um Rio não Existe Sozinho, do Instituto Tomie Ohtake;
- e Arte muralista do Maub, com 19 painéis em muros do Parque Zoobotânico e do Campus de Pesquisa.
Com o tema central da ciência aliada à sabedoria dos povos amazônicos, o Museu Goeldi se transforma, durante a COP30, em um dos principais pontos de encontro entre cultura, arte e sustentabilidade no coração da Amazônia.