
A insatisfação pela péssima campanha do Paysandu na Série B do Brasileiro, na qual a equipe há 14 rodadas ocupa a lanterna, tem gerado protestos de torcedores do clube. O principal alvo das críticas não chega a ser a comissão técnica e os jogadores, mas sim a diretoria, tendo à frente o presidente Roger Aguilera, acusado de ter montado um elenco incompatível com aquilo que exige a divisão da competição nacional. Depois de terem protestado na frente da sede do social recentemente, pedindo voto direto nas eleições bicolores, os torcedores encontraram, agora, uma nova forma de exigir a participação nos pleitos: um abaixo-assinado, que pede o voto direto.
O documento vem ganhando força desde que foi lançado na última terça-feira, com grande adesão de torcedores. Quase três mil torcedores já haviam aderido ao abaixo-assinado até ontem. Além de exigirem eleição direta para a escolha do presidente, hoje eleito por um grupo de associados, os torcedores cobram, também, uma maior transparência nas contas da agremiação. Na visão dos responsáveis pela criação do documento, os valores arrecadados não estariam sendo administrados de maneira correta, com muito dinheiro sendo jogado pelo “ralo”, como se diz.
O provável rebaixamento do time à Série C de 2026 deverá dar mais força ao movimento dos descontentes. Os dirigentes do clube são, na opinião dos torcedores, os maiores responsáveis pela trágica campanha do Papão na Série B. “As contratações que foram feitas são uma comédia”, acusa um dos idealizadores do abaixo-assinado. “Trazer jogadores de Série C e até mesmo da Série D para reforçar o elenco foi a maior burrice que já se pôde ver dentro do Paysandu. A prova é que o atacante João Marcos, vindo da Aparecidense-GO, que disputou a D, nem é relacionado para o banco de reservas”, justifica o torcedor.