COP 30

PRF promove evento para alinhar estratégias que garantam mobilidade na COP30

Com a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) para novembro deste ano, Belém se prepara para um dos maiores desafios logísticos e operacionais.

PRF promove evento para alinhar estratégias que garantam mobilidade na COP30 PRF promove evento para alinhar estratégias que garantam mobilidade na COP30 PRF promove evento para alinhar estratégias que garantam mobilidade na COP30 PRF promove evento para alinhar estratégias que garantam mobilidade na COP30
Oito ruas e avenidas de Belém são reestruturadas para garantir mobilidade na COP 30
Oito ruas e avenidas de Belém são reestruturadas para garantir mobilidade na COP 30

Com a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30 para novembro deste ano, Belém se prepara para um dos maiores desafios logísticos e operacionais: garantir segurança e fluidez no deslocamento de chefes de Estado e delegações internacionais. Pensando nisso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) promoveu, ontem (14), o Seminário de Escolta e Batedor, reunindo representantes das principais forças de segurança pública, defesa e mobilidade urbana para alinhar estratégias conjuntas.

“Praticamente, estamos a 180 dias para um grande evento na Amazônia. O Pará vai sediar a COP 30, com previsão de mais de 100 chefes de Estado e delegações de cerca de 200 nações. Serão dezenas de deslocamentos oficiais em poucos dias, e garantir a segurança, a pontualidade e a fluidez desses deslocamentos é, sem dúvida, o maior desafio operacional dos últimos tempos para o sistema de segurança pública do Estado do Pará”, afirmou o superintendente da PRF no Pará, Haroldo Teixeira.

Ele explicou ainda que o planejamento da PRF prevê a vinda de aproximadamente 800 policiais de outros Estados para atuar em Belém durante a COP. A Central de Escoltas funcionará de forma independente, dentro do Centro de Comando e Controle, articulado pela Secretaria de Segurança Pública do Pará. “Ela é justamente voltada para organizar todos os deslocamentos das autoridades”, destacou.

O sucesso da operação passa, sobretudo, pela cooperação entre as instituições envolvidas. Conforme o diretor de operações da PRF, Marcus Vinicius de Almeida, a palavra-chave para isto é “integração”, aliando educação e planejamento estratégico para garantir a segurança. “Nós estamos realizando esse seminário com seis meses de antecedência. Então, uma das estratégias é levantar, principalmente na parte de escoltas e batedores, todos os corredores, os pontos principais onde pode causar ameaça para a gente, principalmente a segurança pública das autoridades”, reforçou, lembrando, também, sobre a experiência da PRF em eventos como os Jogos Parapan-Americanos, a Copa do Mundo e a Jornada Mundial da Juventude.

DIPLOMACIA

Desafios Logísticos da COP 30

Com vasta experiência na organização de grandes eventos internacionais, o diplomata Francisco Fontenelle, diretor de Projetos de Grandes Eventos, do Ministério das Relações Exteriores (ou Itamaraty), afirmou sobre o que muda na logística em relação a COP 30: “tudo, absolutamente tudo”. Segundo ele, a COP representa o maior desafio logístico já enfrentado pelo Brasil.

O diplomata ainda mencionou que não tem dúvidas das mudanças de alteração no trânsito ou alguma rota especial, parecidas com as de outros grandes eventos que já ajudou a coordenar, como o Brics, realizado no Rio de Janeiro. Esse fator, na COP, precisa de mais atenção, já que “não é só diferente, esse é o maior [evento]. Até agora o maior que aconteceu no Brasil foram as Olimpíadas, em 2016. Esse daqui é duas ou três vezes maior do que as Olimpíadas”, comparou.

Integração e Segurança para o Sucesso da Conferência

O sucesso da conferência, portanto, depende diretamente da integração entre todas as forças de segurança, mobilidade e diplomacia envolvidas. “Sem essa reunião que estamos tendo aqui agora, é impossível ter uma COP 30 com sucesso, porque tudo vai depender da integração dessas forças aqui; o Itamaraty é a cereja do bolo, posso dizer assim, porque nós cuidamos de todas as delegações estrangeiras que vêm”.

Fontenelle destacou que o Itamaraty já está recebendo questionamentos de quase todas as embaixadas, querendo saber detalhes. Para ele, o desafio não se limita a organizar os deslocamentos e a segurança, mas envolve também a estrutura de hospedagem, transporte aéreo e alimentação. “E haja açaí e tacacá para dar conta”, brincou.